Cotidiano

“A Câmara não pode se calar e precisa dar transparência” diz Robério Paulino sobre CEI da Covid

Membros da bancada de oposição comentam que a comissão não será usada como instrumento político, mas servirá para esclarecer fatos importantes

por: NOVO Notícias

Publicado 5 de julho de 2021 às 18:24

Professor Robério Paulino, vereador de Natal

Professor Robério Paulino, vereador de Natal – Foto: Márcio Guerra

A possibilidade da Câmara Municipal de Natal abrir uma Comissão Especial de Inquérito para apurar possíveis irregularidades da Prefeitura do Natal nas ações de combate à pandemia da Covid-19 está em evidência novamente, principalmente após a deflagração da Operação Rebotalho na última quinta-feira (1), quando agentes da Polícia Federal cumpriram diligências na sede da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Nesta segunda-feira (5), membros da bancada oposicionista da Câmara Municipal de Natal comentaram sobre o objetivo de abrir a CEI da Covid.

“Uma CEI não é só para fazer política contra o prefeito. Nós não podemos prejulgar, mas é obrigação da Câmara Municipal investigar e acompanhar essas investigações, porque elas são muito graves. São acusações de superfaturamento, de compras sem licitação, então a câmara não pode se calar. Ela não pode acusar sem provas, mas ela tem que acompanhar as investigações e dar transparência para toda a população sobre o que está sendo investigado”, diz o vereador do Robério Paulino (PSOL).

Outra representante da oposição na CMN, a vereadora Divaneide Basílio (PT), diz que a CEI não parte do zero e que a Câmara já deu oportunidade para a Prefeitura se manifestar sobre alguns pontos que deverão ser objetos de investigação na Comissão.

Divaneide Basílio

Vereadora Divaneide Basílio – Foto: Francisco de Assis

“Tem uma série de questões que pra gente é fundamental, e achamos que com a comissão isso tudo pode ser esclarecido. Nós já fizemos o pedido de algumas questões por requerimentos e eles nunca foram atendidos, por isso a CEI não está partindo do zero. A gente já deu chance para a prefeitura responder, mas nada foi dito e só vai se somando questões não respondidas”, diz a vereadora Divaneide Basílio.

As questões citadas por Divaneide são algumas que deverão entrar na pauta da Comissão Especial de Inquérito, e dizem respeito a assuntos como a “Compra de testes rápidos por dispensa de licitação“, “o tratamento precoce como a compra de medicamentos sem comprovação científica” e “o apagão das vacinas”.

Tags