A possibilidade da Câmara Municipal de Natal abrir uma Comissão Especial de Inquérito para apurar possíveis irregularidades da Prefeitura do Natal nas ações de combate à pandemia da Covid-19 está em evidência novamente, principalmente após a deflagração da Operação Rebotalho na última quinta-feira (1), quando agentes da Polícia Federal cumpriram diligências na sede da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Nesta segunda-feira (5), membros da bancada oposicionista da Câmara Municipal de Natal comentaram sobre o objetivo de abrir a CEI da Covid.
“Uma CEI não é só para fazer política contra o prefeito. Nós não podemos prejulgar, mas é obrigação da Câmara Municipal investigar e acompanhar essas investigações, porque elas são muito graves. São acusações de superfaturamento, de compras sem licitação, então a câmara não pode se calar. Ela não pode acusar sem provas, mas ela tem que acompanhar as investigações e dar transparência para toda a população sobre o que está sendo investigado”, diz o vereador do Robério Paulino (PSOL).
Outra representante da oposição na CMN, a vereadora Divaneide Basílio (PT), diz que a CEI não parte do zero e que a Câmara já deu oportunidade para a Prefeitura se manifestar sobre alguns pontos que deverão ser objetos de investigação na Comissão.
“Tem uma série de questões que pra gente é fundamental, e achamos que com a comissão isso tudo pode ser esclarecido. Nós já fizemos o pedido de algumas questões por requerimentos e eles nunca foram atendidos, por isso a CEI não está partindo do zero. A gente já deu chance para a prefeitura responder, mas nada foi dito e só vai se somando questões não respondidas”, diz a vereadora Divaneide Basílio.
As questões citadas por Divaneide são algumas que deverão entrar na pauta da Comissão Especial de Inquérito, e dizem respeito a assuntos como a “Compra de testes rápidos por dispensa de licitação“, “o tratamento precoce como a compra de medicamentos sem comprovação científica” e “o apagão das vacinas”.
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