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Febre maculosa: país notifica 36.497 casos entre 2007 e 2021

por: NOVO Notícias

Publicado 25 de julho de 2023 às 19:00

Febre maculosa: país notifica 36.497 casos entre 2007 e 2021

Febre maculosa: país notifica 36.497 casos entre 2007 e 2021 – Foto: Reprodução

Entre 2007 e 2021, foram notificados 36.497 casos de febre maculosa no Brasil, segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde. Destes, 7% foram confirmados, em uma média de 170 por ano nesse período. Dentre os 2.545 casos confirmados, 2.538 informaram que estiveram envolvidos em situações referentes à exposição de risco e, destes, 68,5% circularam por regiões de mata.

Segundo o documento, a maioria (70,7%) dos casos confirmados foram de pessoas de homens e, na maior parte, na faixa etária de 35 a 49 anos. Com relação à exposição de risco aos animais, 74,7% declararam que foram expostos a carrapatos. A exposição a cães e gatos ocupou o segundo lugar, com 41% dos casos.

A febre maculosa é uma doença infecciosa e febril aguda com elevada taxa de letalidade. A condição é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. A doença foi incluída na lista de notificação compulsória no Brasil em 2001. Desde então, passou a ser de comunicação obrigatória às autoridades de saúde pública

O Brasil registrou 49 casos de febre maculosa até junho deste ano, conforme atualização do Ministério da Saúde divulgada no dia 13 do último mês. Dentre os infectados, seis pacientes vieram a óbito por conta doença.

Segundo a análise, a região Sudeste reúne a maior parte dos casos: Espírito Santo (oito), São Paulo (sete), Rio de Janeiro (seis) e Minas Gerais (quatro) somam 25 infectados. Em 2022, foram registrados 190 casos da doença no Brasil, com 70 vítimas fatais.

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Vinicius Finavaro, responsável pela Offpragas Dedetizadora, empresa especializada em higienização, alerta que é preciso ficar atento à presença de carrapatos a fim de evitar a contração da doença.

‘Evite áreas de gramados e jardins com vegetação alta. Sempre que for entrar nesses ambientes, use roupas compridas e, de preferência, com cores claras para facilitar a visualização do carrapato’, recomenda. Segundo o Ministério da Saúde, duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos da febre maculosa no país: Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de FMB (Febre Maculosa Brasileira) considerada a doença grave, e Rickettsia parkeri, que produz quadros clínicos mais leves.

‘Além disso, verifique sempre os seus pets, escovando e procurando a presença de carrapatos’, acrescenta Finavaro. No Brasil, os carrapatos do gênero Amblyomma – conhecidos como carrapato estrela – são os principais vetores da febre maculosa, mas até mesmo o ‘carrapato do cachorro’ pode conter a bactéria

De acordo com o responsável pela Offpragas Dedetizadora, é necessário dedetizar os ambientes a cada três meses para evitar a presença de carrapatos. Ele também conta que são utilizadas técnicas específicas para a dedetização de artrópodes.

‘Utilizamos inseticidas em associação que eliminam todo o ciclo de vida do carrapato, além de sempre usar aspiradores e aplicação de vapor quente no ambiente para aumentar a eficiência do tratamento’, informa.

Os principais sintomas da febre maculosa são: febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal. Os infectados também podem apresentar outros indícios, como: dor muscular, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés e gangrena nos dedos e orelhas, além de paralisia que inicia nas pernas e sobe até os pulmões, podendo causar paragem respiratória, conforme o Ministério da Saúde.

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