Em busca da primeira estrela, O Brasil começou, nesta segunda-feira (24), diante do Panamá, a jornada na Copa do Mundo Feminina FIFA, no estádio Hindmarsh, em Adelaide (AUS). Com uma apresentação impecável, o primeiro passo foi trilhado com uma goleada por 4 a 0, com direito a show particular de Ary Borges, que marcou três gols e deu uma assistência na sua estreia em Copas do Mundo.
A vitória começou a ser construída já no primeiro tempo, quando Ary Borges já mostrou suas qualidades de artilheira e marcou os dois primeiros gols do Brasil na competição. Aos 19 minutos ela aproveitou cruzamento da esquerda para a direita e de cabeça abriu o marcador. O segundo tento foi marcado aos 39 minutos, quando Ary aproveitou sobra dentro da pequena área e ampliou o marcador.
Na etapa final o Brasil mostrou ainda mais talento. O terceiro gol foi marcado após uma linda jogada, que foi finalizada por Bia Zaneratto, aproveitando passe de calcanhar de Ary Borges, a craque do jogo, aos 3 minutos da etapa final. Aos 25 minutos mais uma vez Ary Borges aproveitou cruzamento na área e, de cabeça, deu números finais ao jogo, marcando o seu terceiro gol.
Com a vitória o Brasil inicia a caminhada rumo ao título inédito na liderança do Grupo F. Mais cedo, as próximas adversárias da equipe de Pia Sundhage, França e Jamaica, empataram em 0 a 0 e dividem a segunda posição. Na próxima rodada o Brasil encara o jogo considerado mais difícil desta primeira fase, quando enfrenta a França, no próximo sábado (29), às 07h. No mesmo dia, às 09h30, Panamá e Jamaica se enfrentam. Uma vitória do Brasil contra as francesas já garante a classificação às oitavas de final.
Campeã invicta da Copa América no ano passado, a Seleção é uma das poucas equipes que disputou todas as nove edições da principal competição da Fifa. Até agora, a melhor campanha do Brasil em Mundiais foi em 2007, quando o time foi vice-campeão na China. As brasileiras também subiram ao pódio na Copa de 1999, quando venceram a Noruega e ficaram em terceiro lugar. A Seleção também conquistou duas medalhas de prata nos Jogos Olímpicos (Atenas, 2004, e Pequim, 2008).
No ciclo de quatro anos, a Seleção Feminina disputou Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, Copa América, além da Finalíssima Feminina, competições que contaram com a participação das equipes mais tradicionais do futebol feminino mundial. No histórico, a Canarinho soma 33 vitórias, 12 derrotas e 9 empates, além 134 gols marcados e 40 sofridos.
A conquista da vaga para a Copa do Mundo veio após a vitória por 1 a 0 sobre a na final da Copa América. Em seguida, a Seleção enfrentou outros testes, derrotando a África do Sul por 3 a 0 e 6 a 0, além de vencer a Noruega e Itália. Em novembro, encarou o Canadá e, em fevereiro, participou da SheBelieves Cup, garantindo o terceiro lugar. Na Finalíssima, empatou com as donas da casa, a Inglaterra no tempo regulamentar, ficando com o vice-campeonato nos pênaltis. Na mesma viagem, venceu o amistoso com a Alemanha por 2 a 1.
Após a divulgação da lista oficial para o Mundial, a Seleção embarcou para Brasília. Diante de 15 mil pessoas, as Guerreiras do Brasil protagonizaram uma despedida espetacular. Na Arena BRB Mané Garrincha, o Brasil venceu o amistoso contra o Chile por 4 a 0. Os gols foram marcados por Gabi Nunes, Duda Sampaio, Luana e Geyse.
A delegação chegou na Austrália no dia 4 de julho. Pela primeira vez, a equipe viajou de voo fretado para o país-sede e realizou a preparação na Gold Coast (AUS). No local, o Brasil realizou um período de 14 dias treinamentos e aclimatação.
No dia 18, a equipe seguiu para Brisbane, cidade sede de treinamentos escolhida pela Seleção para a primeira fase da competição, onde permaneceram por quatro dias antes de embarcarem para Adelaide, local da estreia da Canarinho contra o Panamá. Neste domingo (23), após a chegada na cidade, a técnica Pia Sundhage comandou o último treino antes do primeiro duelo na Copa do Mundo.
Após vencer quatro jogos na fase preliminar da Concacaf e garantir o terceiro lugar no grupo, o Panamá avançou para a repescagem, onde conquistou uma vitória crucial contra o Paraguai e garantiu a classificação inédita para o Mundial.
Durante a fase pré-Copa, as panamenhas alcançaram duas vitórias importantes sobre a República Dominicana, por 1 a 0 e 4 a 3. Em junho, empataram em 1 a 1 e sofreram uma derrota por 2 a 0 contra a Colômbia. Depois, enfrentaram algumas derrotas em amistosos: 7 a 0 contra a Espanha e 5 a 0 contra o Japão. Contra Gibraltar, o Panamá triunfou, vencendo por 7 a 0.
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