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Psicóloga potiguar traz dicas de como lidar com a ansiedade; confira

Condição é caracterizada por medo ou preocupação excessiva e persistente, não limitada a uma situação específica

por: Foto do autor Juliana Manzano

Publicado 14 de julho de 2023 às 15:40

A ansiedade, segundo o CID F41.1, é caracterizada por medo ou preocupação excessiva e persistente, não limitada a uma situação específica. Essa condição pode ser mais complexa do que parece, afetando não apenas o presente e o futuro, mas também o passado. Estudos revelam que traumas e situações adversas da infância podem ser desencadeadores do Transtorno de Ansiedade, uma vez que tais eventos permanecem armazenados no inconsciente.

O equilíbrio entre corpo, mente e emoções é essencial para o bem-estar geral de uma pessoa. Quando um desses pilares é afetado, os demais também sofrem as consequências. Na ansiedade, o cérebro produz excessivamente cortisol e adrenalina, hormônios relacionados à resposta de luta ou fuga, resultando em sintomas desconfortáveis e até mesmo em problemas de saúde física.

Os sintomas da ansiedade podem se manifestar de diferentes formas:

1. Sintomas Cognitivos: incluem preocupação excessiva com o lado negativo das coisas, pensamentos catastróficos e pessimismo.

2. Sintomas Emocionais: agitação, hiperatividade, nervosismo, impaciência, infelicidade e irritação são comuns em pessoas ansiosas.

3. Sintomas Comportamentais: indivíduos com ansiedade podem buscar controlar tudo ao seu redor, apresentar insegurança, medo e até mesmo agressividade.

4. Sintomas Físicos: fadiga, insônia, falta de ar, palpitações, tremores, sudorese, dores musculares, dores de cabeça, distúrbios intestinais, problemas de pele e até mesmo perda de cabelo podem ser sintomas físicos associados à ansiedade.

Esses sintomas podem ter um impacto significativo na vida das pessoas, podendo levar ao desenvolvimento de outros transtornos, como as crises de pânico.

Psicóloga Bruna Pegado, especialista em Terapia Cognitivo Comportamental – Foto: Divulgação

“A cura para a ansiedade envolve a criação de “portas” neurais no cérebro, estimulando a produção de hormônios da felicidade, como dopamina, endorfina e serotonina. Ao mesmo tempo, é importante reduzir a produção de cortisol e equilibrar os níveis de testosterona, hormônios associados à ansiedade. Entender como combater esses hormônios é fundamental”, destaca a psicóloga Bruna Pegado, especialista em Terapia Cognitivo Comportamental.

A seguir, Bruna traz algumas estratégias para estimular a produção dos hormônios da felicidade e reduzir a ansiedade:

Dopamina (rede de recompensa):
– Desfrute dos prazeres alimentares com moderação.
– Estabeleça e alcance objetivos a curto, médio e longo prazos.
– Conclua tarefas e sinta-se realizado.
– Cuide de si mesmo.

Endorfina (analgésico natural):
– Pratique exercícios físicos regularmente.
– Ouça música que lhe traga prazer.
– Assista a filmes e séries que proporcionem entretenimento e risadas.

Serotonina (estabilizador do humor):
– Exponha-se ao sol e aproveite o contato com a natureza.
– Encontre momentos de leitura e reflexão em um bom livro.
– Pratique a meditação para alcançar a tranquilidade interior.

“Além dessas estratégias hormonais, existem outros pilares essenciais para reduzir e combater a ansiedade. A terapia, a prática de atividade física regular, uma alimentação saudável e balanceada, a mudança de padrões de pensamento negativos, a meditação e até mesmo o banho gelado podem contribuir significativamente”, explica a profissional.

O banho gelado também possui inúmeros benefícios para combater a ansiedade. O contato com a água gelada, por um período de 30 segundos a dois minutos, proporciona alívio da dor. O gelo tem um efeito analgésico natural, capaz de amenizar dores crônicas, incluindo dores de cabeça, nas costas e musculares.

Além disso, o banho gelado fortalece o sistema imunológico, estimulando a produção de glóbulos brancos responsáveis pelo combate a infecções. A água gelada também melhora a circulação sanguínea e contribui para a queima de gordura.

“A ciência também comprovou que o amor pode ajudar a combater a ansiedade. Quando nos conectamos com pessoas amadas, ocorrem mudanças biológicas em nosso organismo, gerando sensações de bem-estar e prazer. De acordo com Louise Hay, o amor é capaz de curar muitas doenças, incluindo a ansiedade”, destaca.

Portanto, é fundamental trabalhar as questões emocionais da infância, manter uma rotina de exercícios físicos, alimentar-se de forma saudável, desfrutar de um banho gelado revigorante e cultivar o amor pelo próximo. Lembre-se de que as bagagens emocionais da infância não são culpa nossa, e ressignificá-las é essencial para viver o presente com gratidão e enxergar o lado positivo em todas as situações.

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