Foto: Carlos Azevedo/NOVO Notícias
Em maio de 2023, frente ao mesmo mês do ano anterior, a indústria no Rio Grande do Norte teve sua quarta alta consecutiva do ano, crescendo 4,2% e acompanhando os resultados positivos de outros 11 dos 18 locais pesquisados. Esses dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM – PF) do IBGE, que produz indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto real da indústria no Brasil e regionalmente.
O avanço mais intenso foi no Pará (29,6%), seguido por Amazonas (7,6%), Pernambuco (6,3%), Mato Grosso (5,3%), Minas Gerais (5,2%), Paraná (5,0%) e Mato Grosso do Sul (4,5%).
No acumulado no ano, o Rio Grande do Norte também apresentou resultados positivos, com uma variação acumulada de 1,3%, diferentemente da produção nacional, que apresentou queda (-0,4%).
Dos 18 locais pesquisados no índice, os destaques foram a queda acentuada da indústria do Rio Grande do Sul (-6,4%) e o maior avanço no Amazonas (10,4%). Minas Gerais (6,2%), Pará (5,2%), Rio de Janeiro (2,8%) e Mato Grosso do Sul (1,6%) foram os estados que tiveram índices de acumulado no ano maiores que o do Rio Grande do Norte (1,3%). Essa é a segunda alta do estado potiguar no índice desde que a pesquisa passou a ser divulgada localmente.
Os resultados da indústria geral do RN foram puxados tanto pelo setor da indústria extrativa quando pela de transformação, com altas de 2,0% e 4,7% em maio de 2023, respectivamente, se comparados ao mesmo mês do ano anterior. Nas duas seções industriais o estado aparece na sétima posição em relação as maiores altas nacionais, se comparada aos outros estados pesquisados.
A atividade industrial específica “Confecção de artigos de vestuários e acessórios” foi a única no estado a ter queda (33,5%) entre maio de 2022 e de 2023. No mês anterior (abril/23) a diferença registrada havia sido de 27,7%. Entre os estados pesquisados que desenvolvem esse tipo de atividade, o RN registrou uma das maiores quedas, à frente apenas de Goiás (42,6%).
Por outro lado, as atividades industriais específicas “Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis” e “Fabricação de Produtos Alimentícios” tiveram uma variação positiva de 9,4% e 8,2%, respectivamente.
Já no acumulado de janeiro de 2023, a atividade “Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis” continuou apresentando tendência de queda, sendo 3,5% em maio. Esta é a quinta queda consecutiva no índice desde que o RN foi incluído na pesquisa. “Fabricação de Produtos Alimentícios” e “Confecção de artigos de vestuários e acessórios” tiveram alta no acumulado de 24,3% e 9,7%, respectivamente.
Estes resultados levam o Rio Grande do Norte a ter sido o estado no país com a maior alta nas atividades da indústria alimentícia, seguido de Maranhão (15,1%), Bahia (8,8%) e Paraná (8,0%). O estado também foi o único entre os estados pesquisados a ter um resultado positivo na variação acumulada do ano para confecção e vestuário. Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Ceará e Goiás tiveram quedas de 0,7%, 1,9%, 9,2%, 22,8% e 45%, respectivamente.
Sobre a Pesquisa
A PIM-PF é um tipo de pesquisa de empresas cuja população-alvo são as unidades locais das empresas inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) que tenham pelo menos um empregado e estejam envolvidas em atividades relacionadas às indústrias extrativas ou de transformação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas. A base de dados utilizada é fornecida pela Pesquisa Industrial Anual (PIA-Empresa), também realizada pelo IBGE, e que investiga informações sobre as características estruturais básicas do segmento empresarial da atividade industrial no País.
Um conjunto de produtos é escolhido por critérios técnicos de relevância, formando o que se denomina Lista de Produtos Selecionados (LPS), base do levantamento das informações. Escolhem-se também pelo critério de importância as unidades locais que os produzem e que serão pesquisadas. O critério geral adotado foi o de incluir as unidades locais que, juntas, respondam por pelo menos 70% da produção naquele local.
O RN foi incluído na PIM-PF no início de 2023 e, por enquanto, não estão disponíveis dados com ajuste sazonal e da variação nos últimos 12 meses.
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