Ele foi ouvido no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado que teria sido articulada pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES). “Nada foi falado sobre o ministro”, frisou o ex-presidente Bolsonaro.
Publicado 12 de julho de 2023 às 18:51
Em depoimento à Polícia federal (PF), nesta quarta-feira (12), o ex-presidente Jair Bolsonaro negou suposta trama para derrubar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. O plano supostamente seria feito em conluio com o senador Marcos do Val (Podemos-ES) e o ex-deputado Daniel Silveira. “Não foi levantado nenhum plano, nenhum ato preparatório, sequer de gravar o ministro Alexandre de Moraes”, afirmou Bolsonaro, em depoimento dado à Polícia Federal.\
As informações são do blog de Fausto Macedo, do Estadão.
Ele depôs por cerca de duas horas na sede da PF, em Brasília. Ele foi ouvido no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado que teria sido articulada pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES). “Nada foi falado sobre o ministro”, frisou o ex-presidente Bolsonaro.
O ex-chefe do Executivo confirmou ter se encontrado com Marcos do Val e Daniel Silveira no dia 8 de dezembro, no Palácio da Alvorada. Disse que que solicitou a reunião foi o ex-deputado condenado pelo STF e que, até então, nunca tinha se reunido pessoalmente com o senador.
Bolsonaro também lembrou que, após a reunião, recebeu um print encaminhado por Marcos do Val no WhatsApp. A foto registrava uma conversa entre o senador e Alexandre de Moraes. Nela, o parlamentar falava sobre suposta ‘movimentação’ de Daniel Silveira para derrubar o ministro do STF. Em resposta à imagem, Bolsonaro afirmou a Marcos do Val: ‘coisa de maluco’.
O inquérito foi aberto em fevereiro pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Questionada, a Polícia Federal não revelou o conteúdo do depoimento.
As suspeitas, no entanto, são de que o parlamentar queria gravar a conversa na busca por uma declaração do ministro admitindo ter, em algum momento, ultrapassado “as quatro linhas da Constituição”. Essa admissão de culpa, que nunca ocorreu por parte do magistrado, poderia ser usada como argumento para questionar o resultado das eleições de 2022, na qual Bolsonaro foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva.
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