A Caixa Econômica Federal foi usada no ano passado como uma potente arma para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) buscar a reeleição, o que gerou rombo bilionário aos cofres do banco público que despejou altas cifras durante o último ano eleitoral. É o que diz uma reportagem especial do portal UOL Economia.
Após observar que a criação do Auxílio Brasil não surtiu o efeito esperado na popularidade do então presidente e ele partiu para outras medidas que atingiriam a parcela mais pobre da população, com a intenção de atrair um eleitorado que tinha maior identificação com o principal adversário de Bolsonaro naquela disputa, o hoje presidente Lula.
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No dia 17 de março de 2022 Bolsonaro assinou, ao lado do então presidente da Caixa, Pedro Guimarães, duas medidas provisórias abrindo duas linhas de crédito que abriram as torneiras do banco, liberando R$ 10,6 bilhões para aproximadamente 6,8 milhões de brasileiros.
As linhas de crédito abertas por Bolsonaro foram direcionadas a uma camada da população mais vulnerável. A primeira abriu microcrédito para pessoas com nome negativado. Neste programa foram emprestados cerca de R$ 3 bilhões, no entanto, apenas cerca de 20% dos beneficiados nesta medida estão adimplentes. No total, 3,9 milhões de pessoas receberam o crédito
Já a segunda linha deu a possibilidade de beneficiários do Auxílio Brasil tomarem empréstimos consignados. Nesta modalidade foram liberados R$ 7,6 bilhões pela Caixa no período entre o primeiro e o segundo turno das eleições. O grande problema dessa medida é que aproximadamente 110 mil pessoas que tomaram o empréstimo foram excluídos do programa social, o que torna incerto o pagamento das parcelas. Nesta modalidade, aproximadamente 2,9 milhões de pessoas tiveram acesso ao empréstimo.
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