O secretário estadual de Administração do Rio Grande do Norte, Pedro Lopes, revelou que o governo possui uma dívida de R$ 180 milhões com os bancos devido aos atrasos nos pagamentos dos empréstimos consignados feitos por servidores públicos. Esses valores foram detalhados por Lopes durante uma sessão na Assembleia Legislativa do RN.
Após ter confirmado a existência da dívida, embora sem especificar o valor em um comunicado enviado à Casa em 17 de maio, o secretário foi convocado pela Comissão de Administração, Serviços Públicos, Trabalho e Segurança Pública da AL para fornecer mais esclarecimentos.
O secretário explicou que desde agosto de 2022 deixou de pagar os valores integrais acordados com os bancos, pois os recursos passaram a ser utilizados para evitar atrasos nos salários dos servidores públicos. No entanto, ele afirmou que todos os meses são feitos pagamentos parciais às instituições financeiras. No mês passado, o valor foi de R$ 69 milhões. Atualmente, os empréstimos consignados estão suspensos pelas instituições financeiras.
Durante a reunião, Lopes justificou que o governo priorizou o pagamento dos salários dos servidores, reconhecendo a dívida com os bancos, mas destacou que não havia recursos suficientes para quitar integralmente todos os compromissos desde agosto de 2022.
Do montante total da dívida, R$ 150 milhões são devidos ao Banco do Brasil, enquanto há também débitos com a Caixa Econômica Federal e o Bradesco. O secretário atribuiu os atrasos aos cortes na arrecadação, resultantes de uma crise fiscal. Ele ainda mencionou que essas dívidas são semelhantes às da gestão anterior, de Robinson Faria, que ocupou o cargo entre 2014 e 2019.
Recentemente, o Ministério Público solicitou na Justiça que o ex-governador ressarcisse R$ 1 milhão aos cofres do RN exatamente por atrasos nos pagamentos dos empréstimos consignados às instituições financeiras.
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