Economia

Mesmo com crescimento nas vendas no mês de maio RN fica abaixo da média nacional

Evolução no mês que teve Dia das Mães foi menor que em abril e deixou RN em sexto lugar no Nordeste e abaixo da média nacional no ranking do comércio varejista ampliado 

por: NOVO Notícias

Publicado 8 de julho de 2021 às 14:14

Pandemia deverá apresentar recuo em novembro – Foto: Rogério Vital

Dados da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados nesta quarta, 7, pelo IBGE, mostraram um crescimento de vendas no Rio Grande do Norte de 1,8% no Comércio Varejista Ampliado (que inclui Materiais de Construção e Automóveis) no mês de maio, em comparação com abril. O desempenho ficou abaixo da média nacional, que registrou crescimento de 3,8%, e deixou o RN na 6ª colocação no ranking dos nove estados nordestinos.

Para o presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, os números acendem um sinal de alerta. “O primeiro ponto é o fato de termos registrado um crescimento de apenas 1,8% sobre abril, mesmo considerando que temos em maio o Dia das Mães, uma das três datas mais fortes do ano para o comércio. Além disso, nossa posição quando comparamos com os demais estados da região demostra que precisamos de ações que incentivem, de fato, a aceleração do processo de retomada das atividades econômicas”, afirmou.

Na segmentação das vendas, os setores de vestuário e calçados e de lojas de departamentos, outros artigos de uso pessoal e doméstico foram os únicos com desempenho animador em maio, com respectivamente 16,8% e 6,7%.

Considerando o resultado acumulado do ano, o Rio Grande do Norte ocupa a última colocação no Nordeste, com um crescimento de 9,5%, também abaixo da média nacional (12,4%).

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“Precisamos ficar atentos a estes indicadores. Quando verificamos o detalhamento do crescimento anual, percebemos que está sustentado nos segmentos de Materiais de Construção e Automóveis. Se formos considerar somente o Comércio Varejista (que exclui estes dois segmentos), a ampliação foi de apenas 4,5%, mesmo considerando a flexibilização dos horários de atendimento de grande parte do comércio”, explicou o presidente da Fecomércio.

Segundo ele, depois de 18 meses de Pandemia, a população sente os impactos da retração econômica. “Há uma alta nos preços em todo o mundo, na esteira da retomada do crescimento global. Além disso, o aumento dos preços das commodities vem influenciando diretamente no custo dos alimentos. Sabemos que, na hora do aperto financeiro, o consumo de bens e serviços fica em segundo plano”, finalizou.

Comércio Varejista Ampliado (jan-mai 2021) 

Brasil: 12,4%

Ranking Nordeste 

Pernambuco: 28,1%

Piauí: 27,4%

Maranhão: 21,1%

Ceará: 19,2%

Sergipe: 17,6%

Bahia: 15,5%

Alagoas: 13,4%

Paraíba: 12,7%

Rio Grande do Norte: 9,5%

Comércio Varejista Ampliado (maio 2021/abril 21) 

Brasil: 26,2%

Ranking Nordeste 

Piauí: 62,4%

Ceará: 55,5%

Pernambuco: 53%

Bahia: 44%

Maranhão: 39,3%

Alagoas: 32%

Paraíba: 23,1%

Sergipe: 21,9%

Rio Grande do Norte: 20,01%

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