O Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou uma decisão dura contra a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e o jogador Wallace nesta segunda-feira (02). O órgão suspendeu a CBV como confederação filiada ao COB por seis meses, além de recomendar que o Banco do Brasil e o Ministério do Esporte cortem repasses pelo mesmo período. Também ampliou a punição contra Wallace para afastá-lo das quadras de um ano para cinco anos.
A decisão foi tomada após a CBV permitir que o oposto Wallace jogasse a final da Superliga, no último domingo (30), mesmo estando cumprindo uma punição por ter incitado violência contra o presidente Lula. A primeira punição de Wallace, que era de 90 dias para clubes e um ano para a seleção, foi aumentada para cinco anos longe das quadras.
“Ao ser relacionado para o jogo do dia 30 de abril de 2023, o atleta Wallace Leandro de Souza, a Confederação Brasileira de Voleibol – CBV e a Associação Social e Esportiva Sada (“Sada Cruzeiro
Vôlei”) apenas e tão somente descumpriram decisão do COB, exarada pelo seu Conselho de Ética, e, por esta razão, estão sujeitos às sanções devidas. Ao entrar em quadra, o atleta sabia que estava agindo ilicitamente e a CBV – Confederação Brasileira de Voleibol – também tinha pleno conhecimento de que sua decisão de permitir a participação do voleibolista na competição, enquanto vigorava a punição, era ilícita e antiética”, definiu o COB
Durante audiência do caso, Wallace disse que tinha o sonho de disputar os Jogos Olímpicos de Paris, mas agora, com a nova punição, ele ficará impedido de jogar pela seleção brasileira pelos próximos cinco anos. A punição também o tirará de toda a próxima temporada.
Além disso, o Conselho de Ética determinou que o Ministério do Esporte e o Banco do Brasil sejam oficiados da decisão que exclui temporariamente a CBV do movimento olímpico “para fins de cancelamento de todo e qualquer financiamento ou ajuda material à referida Confederação que tenha por pressuposto a sua vinculação ao COB e ao movimento olímpico”.
O processo contra Wallace foi provocado pela Advocacia Geral da União (AGU), após o jogador incitar violência contra o presidente Lula. Durante todo o processo no CECOB, a AGU agiu ativamente para que Wallace fosse punido.
Com a decisão desta segunda-feira, a CBV ficará sem recursos por seis meses, incluindo repasses financeiros e cessão de espaços físicos, material humano ou know-how. Pela Lei Piva, das Loterias, o repasse previsto é de R$ 4,9 milhões.
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