Os servidores estaduais da Saúde entram em greve a partir desta terça-feira (11). A paralisação foi decidida no final de março e a categoria profissional exige, entre outras demandas, reajuste salarial e o cumprimento dos pisos da enfermagem e dos técnicos em radiologia.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Saúde (Sindsaúde-RN), o Governo do Estado “segue sem apresentar soluções para muitos pontos da pauta dos trabalhadores e desde o ano passado não cumpre sequer o que está previsto na lei do Plano de Cargos”.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) informou que houve uma mesa de negociação extraordinária na última quarta-feira (5) para tratar sobre alguns pontos levantados pelo Sindsaúde para o indicativo de greve. “Foram apresentados dados como os incrementos de ativos de 2019 até hoje, de mais de R$ 36 milhões, com aumento salarial através da implantação do Plano de Cargos e Salários, além do incentivo à qualificação constante para todos os servidores”, disse a pasta.
A Sesap ainda revelou que pediu o adiamento da paralisação para que fossem preparadas e apresentadas respostas para os assuntos elencados pelo sindicato. “Foi pedida a colaboração e atenção para os avanços ao longo do tempo. (…) Na ocasião, foi demonstrada a queda da arrecadação do ICMS no Estado e foi solicitado o adiamento da greve, para que no próximo dia 27 de abril, em uma nova mesa extraordinária de negociação, a Sesap devolva a resposta de alguns pontos elencados pelo sindicato”, revelou a pasta.
O Sindsaúde, no entanto, informou que a categoria decidiu não atender ao pedido. “A gente avisou que ia informar a categoria de tudo que eles tinham dito, e a categoria que iria decidir”, disse a coordenadora do sindicato, Rosália Fernandes.
Entre as reivindicações dos servidores da saúde nesta greve, estão a campanha salarial de 2023, que já vem sendo apresentada nos locais de trabalho; a revisão da Lei de produtividade; o pagamento das perdas salariais para ativos e aposentados; o cumprimento da data-base da categoria; pagamentos dos plantões eventuais dentro do mês trabalhado; implementação e pagamento do Piso Salarial da Enfermagem e do Piso Salarial dos Técnicos em Radiologia.
Com essa paralisação, o Rio Grande do Norte passa a ter greves simultâneas nas áreas da Saúde e da Educação – a greve da Educação começou no dia 5 de março. Os servidores da pasta pedem a implementação de um reajuste salarial de 15%. A greve tem gerado impactos na rede estadual de ensino, com a paralisação de atividades em diversas escolas.
O Governo do Estado apresentou, no dia 28 de março, uma proposta para a quitação do piso, mas a categoria segue insatisfeita.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte/RN) afirmou que continuará lutando pelos direitos da categoria e que está aberto ao diálogo com o governo para encontrar uma solução para o impasse.
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