No velório das crianças vítimas do ataque a uma creche em Blumenau, Santa Catarina, realizado desde a noite desta quarta-feira (5), o clima era de desolação. Três vítimas estão sendo veladas em um cemitério no centro da cidade, enquanto a quarta é velada na região de Salto Norte.
No centro, os corpos das três vítimas chegaram no cemitério por volta das 22h30. A comoção foi tamanha que, pouco antes das 23 horas, todas as cerca de 250 vagas do estacionamento estavam preenchidas. Os visitantes tiveram que começar a parar os carros em ruas no entorno, em operação coordenada por equipes da prefeitura de Blumenau.
“Em 39 anos gerindo esse cemitério, é a maior concentração de pessoas que a gente já viu por aqui”, disse Guilherme Otto, diretor do cemitério.
Os quatro sepultamentos acontecem nesta quinta-feira (6). Bernardo Cunha Machado, de 5 anos, deve ser enterrado às 10h. O segundo sepultamento deve ser o de Bernardo Pabest da Cunha, de 4 anos, às 10h30. Já Larissa Maia Toldo, de 7, deve ser enterrada às 11h30. Os três no centro.
Cerca de 2 mil a 3 mil pessoas devem comparecer no cemitério para acompanhar os três velórios, segundo estimativa da gestão do local. “Para se ter um parâmetro, em Dia de Finados costumamos receber 4 mil pessoas. Foi um crime que abalou toda a cidade”, disse Guilherme Otto.
O corpo de Enzo Marchesin Barbosa, de 4 anos, quarta vítima do ataque, será enterrado às 14h em um cemitério na região Norte. O velório do menino também começou na noite desta quarta.
Tudo começou quando um homem de 25 anos invadiu a creche Cantinho do Bom Pastor, no bairro Velha, e matou as quatro crianças utilizando uma machadinha. Além das vítimas fatais, outros cinco alunos ficaram feridos. O assassino se entregou à polícia minutos depois.
Por volta das 20h desta quarta, dezenas de moradores de Blumenau se reuniram em frente à creche onde o atentado aconteceu para prestar homenagem às vítimas. Velas foram acesas ao lado da porta de entrada.
“Eu tinha que vir prestar solidariedade, é trágico algo como isso acontecendo em uma cidade tão tranquila”, disse o advogado Iago Mendes, de 28 anos, que mora quase em frente à creche.
Muitos se mostravam incrédulos com o ocorrido. “É uma perda para toda a região. Ainda mais aqui, que é uma cidade tranquila, a gente não esperava isso nunca”, disse o corretor de imóveis Victor Hugo Demétrio, de 19 anos.
Com informações da Agência Estado.
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