Mundo

Governo russo avalia proposta de Lula para cessar guerra com a Ucrânia

De acordo com o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, o país está atento a tudo que o presidente Lula fala sobre o conflito e aprecia o fato de o Brasil não enviar armamentos a Kiev

por: NOVO Notícias

Publicado 23 de fevereiro de 2023 às 16:26

Vladimir Putin, presidente da Rússia – Foto: Kremlin

Prestes a completar um ano, o conflito entre Rússia e Ucrânia pode chegar a um fim graças a uma proposta de paz enviada pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. A informação foi confirmada pelo vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, que confirmou em entrevista a uma agência de notícias local, que o governo russo está avaliando as propostas enviadas pelo brasileiro para mediar a paz e cessar o conflito entre os vizinhos.

De acordo com o representante do governo russo, Moscou está atento a todas as declarações de Lula sobre o conflito e está examinando as propostas, ressaltando que o Brasil mantém uma “política equilibrada”, além de atentar para as questões locais que acontecem no centro do conflito.

“Tomamos nota das declarações do presidente do Brasil sobre o tema de uma possível mediação, a fim de encontrar caminhos políticos para evitar a escalada [da guerra] na Ucrânia, corrigindo erros de cálculo no campo da segurança internacional com base no multilateralismo e considerando os interesses de todos os envolvidos — afirmou. — Estamos examinando as iniciativas, principalmente do ponto de vista da política equilibrada do Brasil e, claro, levando em consideração a situação in loco”, disse o vice-ministro russo.

Outro ponto considerado pela cúpula russa é a de que o governo brasileiro sempre se colocou em oposição ao envio de armas e munições aos ucranianos.

“Gostaria de enfatizar que a Rússia valoriza a posição de equilíbrio do Brasil na atual situação internacional, sua rejeição a medidas coercitivas unilaterais tomadas pelos EUA e seus satélites contra nosso país e a recusa de nossos parceiros brasileiros em fornecer armas, equipamentos militares e munição para o regime de Kiev”, completou Mikhail Galuzin.

Tags