Matriz | Com produção energética proveniente dos ventos, do sol, das térmicas, do gás ou do petróleo, o Rio Grande do Norte passa por um efervescente cenário de geração de emprego, inovação tecnológica, crescimento econômico e de transformação social
Publicado 26 de junho de 2021 às 00:01
O Rio Grande do Norte encontrou o caminho de sua vocação como a principal matriz energética em desenvolvimento no Brasil. Dos ventos, do sol, das térmicas, do gás ou do petróleo chegam a força que firma o RN no cenário de transformação social a partir da geração de emprego, da tecnologia e do crescimento econômico oriundos da revolução energética que se firmou no estado.
O Rio Grande do Norte atingiu a marca de 5GW em potência instalada para geração de energia a partir de fonte eólica. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, o resultado consolida a liderança nacional em energia limpa produzida pela ação dos ventos. São 177 usinas eólicas e 2.268 turbinas em operação nas terras potiguares. Nos últimos 2 anos e meio o estado atraiu mais de R$ 7 bilhões de reais em investimentos no setor eólico.
2021 ainda vai se consolidando com o ano de maior desenvolvimento para o setor eólico. Segundo a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, no primeiro trimestre do ano, seis novos parques eólicos entraram em operação, representando um crescimento de 6% na potência instalada do estado do RN. Também ocorreu aumento de 9% no número de empreendimentos em construção.
Para que o processo de geração energética do Rio Grande do Norte fique completo, o estado passou a contar com estudo de grandes empresas internacionais que enxergaram a capacidade de instalação de aerogeradores além da área terrestre. Alguns estudos de viabilidade começaram a surgir e, atualmente, já existem protocolos assinados entre o governo do estado e empresas multinacionais que querem instalar aerogeradores no mar.
Os passos para a entrada do RN nesse mercado passam por um plano estratégico e político de incentivo à fonte, além do estabelecimento de parcerias com empresas e instituições de pesquisa. Ainda há o desafio da regulação do setor eólico “offshore” e a expansão da transmissão.
A partir do início da operação desse tipo de parque eólico, o RN será um grande produtor do chamado hidrogênio verde, o combustível do futuro. O processo é fruto do desenvolvimento de tecnologia complementar à geração de energia por meio de eólicas offshore. As usinas instaladas no mar são a solução ideal para a geração limpa no processo de eletrólise, que separa as células de hidrogênio da água, produzindo um combustível sustentável para as cidades do futuro.
Com uma inesgotável fonte, banhado pelo sol por quase que todos os dias do ano, o Rio Grande do Norte possui 10 usinas de energia solar fotovoltaica em operação. Recentemente, outras 25 foram contratadas, mostrando a expansão que o setor vive.
O Rio Grande do Norte planeja se tornar autossuficiente em energia fotovoltaica no ano que vem, assim como já é na produção de energia eólica, para atender todo o seu consumo elétrico.
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica, o setor de energia solar fotovoltaica cresceu 175% na comparação entre 2019 e 2018 no Rio Grande do Norte e a estimativa é que em 2040 só a energia do sol represente 32% da matriz energética brasileira.
Para impulsionar a produção de energias renováveis, o Governo do Rio Grande do Norte, iniciou a instalação da estação para coleta de dados do Atlas Solar e Eólico. Serão seis equipamentos implantados no território potiguar.
A ação está sendo articulada em parceria com o Instituto Senai de Inovação (ISI). Os equipamentos irão medir radiação solar, velocidade dos ventos, temperatura e umidade ambiente, com objetivo de mapear novas áreas com potencial para geração de energias renováveis. Até o final do mês, serão instaladas as demais estações nos municípios de Nova Cruz, Santa Cruz, Mossoró, Pau dos Ferros e Jandaíra.
O projeto prevê ainda a instalação de uma torre anemométrica, de 170 metros de altura, para aferição da velocidade e qualidade dos ventos, tendo como horizonte a chegada de investimentos no mercado offshore (fora da costa). O equipamento será o mais alto do país nesta categoria.
O mercado de petróleo e gás no Rio Grande do Norte vive um renascimento para explorar e produzir os campos onshore.
A produção terrestre que já chegou a atingir 117 mil barris/dia. Com o desinteresse da Petrobras em manter os campos maduros a produção declinou para 25 mil barris/dia nos anos de 2018 e 2019.
A aquisição dos campos maduros por grandes empresas privadas, como a Petroreconcavo, que anunciou investimentos de US$ 150 milhões de dólares em 5 anos, fez com que o mercado enxergasse novamente o RN como um polo de geração de energia convencional.
Para que o setor privado consolide os investimentos, houve “nova lei do gás”. Em vigor há pouco mais de dois meses a regra torna o mercado de fornecimento do gás natural mais dinâmico e competitivo. Com essa mudança, o gás deve se tornar mais barato e acessível.
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