A empresa Braiscompany está sendo alvo de uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal na manhã desta quinta-feira (16).
Foram cumpridos 8 mandados de busca e apreensão na sede da empresa em Campina Grande, em João Pessoa e em São Paulo.
A operação está investigando supostas fraudes em criptomoedas cometidas por sócios da empresa e, segundo a PF, mira volumes estratosféricos de criptoativos – o equivalente a R$ 1,5 bilhão nos últimos quatro anos.
A ação foi batizada de ‘Halving’, uma alusão ao aumento da dificuldade de mineração do bitcoin, que acontece a cada 4 anos, período semelhante a ascensão e derrocada do esquema investigado.
A Braiscompany foi fundada em 2018 e se intitula a “maior gestora de criptoativos da América Latina” e, nos últimos meses, vem sendo alvo de diversas denúncias por parte de clientes após atrasar pagamentos consecutivos.
Em janeiro deste ano, o CEO da financeira, Antônio Neto Ais, falou sobre o assunto em um vídeo publicado no YouTube, onde justificou o motivo dos atrasos colocando a culpa na Binance, corretora de criptomoedas da qual a empresa paraibana depende totalmente, segundo ele.
Segundo o fundador da empresa, os saques e liquidações da Braiscompany estão sofrendo limitações pela Binance. Mas essa não foi a única desculpa dada por Antônio Neto Ais. Em outras duas oportunidades, ele ofereceu duas justificativas distintas: a primeira foi o atraso para lançamento de um aplicativo próprio, que ainda segue sem funcionamento. A segunda foi que havia inconsistências nos endereços de criptomoedas fornecidos pelos clientes.
De acordo com informações passadas ao NOVO por uma fonte que conhece o funcionamento da empresa, no Rio Grande do Norte existem vários clientes que estão passando pelas ‘inconsistências’ nos pagamentos da Braiscompany.
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