Cotidiano

Potiguares que moram na Turquia se organizam para ajudar vítimas de terremoto: ‘Situação por aqui ainda é bem tensa’

Dançarinas natalenses vivem e trabalham na Turquia há cerca de um ano; potiguares contam que região onde moram não foi atingida, mas clima é de medo

por: NOVO Notícias

Publicado 9 de fevereiro de 2023 às 15:40

Potiguares relatam situação na Turquia via redes sociais – Foto: Reprodução

As dançarinas potiguares, Erica Alves, Monnaliza Medeiros e Rosana Alves, que vivem na Turquia em uma região não atingida pelo terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o país e a Síria na última segunda-feira (6), estão se mobilizando para ajudar as vítimas da tragédia. Um novo balanço de mortes foi passado pelos governos da Turquia e da Síria. Há 19.746 mortes confirmadas, sendo 16.546 na Turquia e mais de 3.200 na Síria.

As jovens potiguares vivem em Alanya, a cerca de 9h do epicentro do terremoto, que foi no povoado de Kahramanmaras, no sudoeste da Turquia e perto da fronteira com a Síria. Foram atingidas cidades dos dois países.

As dançarinas contam que a situação ainda é tensa no país, mesmo em regiões não atingidas pelos tremores. O terremoto de segunda é considerado o mais destrutivo dos últimos 80 anos no país.

“Aqui estamos ajudando os auxiliares e voluntários que levam todo o material para outras cidades que foram bem mais atingidas pelo terremoto. Graças a Deus está tendo muitas arrecadações, muitas pessoas estão vindo deixar para ajudar as outras cidades”, contaram Erica e Monnaliza.

Dançarinas potiguares moram há cerca de um ano na Turquia- Foto: Cedida/Arquivo Pessoal

Erica Alves, Monnaliza Medeiros e Rosana Alves são naturais de Natal e moram na Turquia há cerca de um ano, apresentando uma turnê artística com apresentações dos ritmos brasileiros em bares e restaurantes da cidade.

Elas contam que na região onde vivem há diversas orientações em caso de novos tremores.

“A recomendação que eles nos deram é sempre ficar em térreo, se possível, tentar não ficar na parte da noite em prédios, mas não temos como, moramos em prédio aqui, então fica bem difícil ficar do lado de fora, porque também está muito frio, bem como, sempre deixar uma bolsa com itens mais necessários, caso haja algum terremoto, mas Deus permita que não, e para a gente levar só o básico mesmo, como documentação, para ficar mais fácil”, falaram.

As potiguares ressaltam que em todo o país há união da população para ajudar, mesmo com agravantes como frio intenso que atinge o país.

“A luta continua por aqui, todos juntos!”, publicou Erica em uma de suas redes sociais.

Erica mantém contato com familiares no RN diariamente – Foto: Reprodução