Rafael Motta sobre saída de Salles do Meio Ambiente: “Deixou toneladas de óleo no Nordeste sem culpados”

Deputado lembrou que ex-ministro falhou no combate à catástrofe ambiental que fechou as praias do NE

por: Foto do autor Daniela Freire

Publicado 23 de junho de 2021 às 23:11

Repercutiu fortemente a saída, nesta quarta-feira, de Ricardo Salles do Ministério do Meio Ambiente, com muita comemoração por parte de diversos setores do país.

E parte da bancada federal potiguar comentou a respeito do assunto. Para o senador Styvenson Valentim, a saída de Salles do Meio Ambiente é o prenúncio da queda do governo Bolsonaro. “Se o navio está para afundar, os ratos são os primeiros a pular fora”, afirmou.

O deputado federal Rafael Motta registrou que Ricardo Salles foi “o homem que forçou a ‘boiada’ sobre a Amazônia, mas também o que deixou toneladas de óleo no Nordeste sem culpados ou explicação”, ressaltando a responsabilidade do ex-ministro sobre a tragédia que se abateu no Nordeste em 2019.

O parlamentar também avaliou o substituto de Salles, o ruralista Joaquim Álvaro Pereira Leite, que era secretário da Amazônia e Serviços Ambientais da pasta: “Entra um batedor de palmas dos seus malfeitos. E o que permanece é o clima de ameaça com relação ao que ainda temos de patrimônio”, afirmou.

O ex-ministro Ricardo Salles já vinha sendo muito pressionado pela política ambiental fortemente criticada no Brasil e no exterior, mas o que pegou mesmo foi a investigação da Polícia Federal pela suspeita de que Salles tinha participação em exportação ilegal de madeira.

De acordo com a revista Veja, a queda de Salles, nesta quarta-feira, 23, ocorreu após o presidente Jair Bolsonaro ser alertado de que novas provas contra o ex-chefe do Ministério do Meio Ambiente haviam sido enviadas ao STF, no caso em que ele é suspeito de ter favorecido madeireiros.