O Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF) publicou relatório com as condições sanitárias da Academia Nacional de Polícia Federal (ANP), que é o local onde foram abrigadas as pessoas custodiadas pela PF. Os detidos participaram das invasões e vandalismo nas sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
A visita dos integrantes do MPF aconteceu porque parlamentares denunciam possíveis restrições aos direitos dos detidos, além de apontarem para as precárias condições sanitárias a que os presos foram submetidos.
No entanto, segundo o relatório, nenhuma irregularidade foi constatada no tratamento aos envolvidos nos atos vandalismo. Além disso, os procuradores escreveram que não foram identificadas crianças no local.
“Foi esclarecido que algumas pessoas, após a devida identificação e triagem a partir de condições pessoais informadas nas oitivas, foram liberadas. Nos foi relatado ainda que algumas destas pessoas insistiram em permanecer nas instalações da ANP por estarem acompanhadas de outras pessoas que não tinham sido liberadas”, escreveram os procuradores.
No ginásio, segundo o relatório, os custodiados tinham acesso a banheiros limpos e arejados, femininos e masculinos, inclusive com chuveiro, no prédio onde estava sendo feito o atendimento às pessoas. Também havia bebedouros e cadeiras disponíveis aos que aguardavam. No ginásio, também havia banheiros tanto para as mulheres quanto para os homens, além de refeitório.
O MPF apontou, também, que apesar de o número de presos ser bem elevado, algo próximo de 1 mil pessoas, os advogados tinham amplo acesso ao local. Além disso, várias equipes para atendimento médico estavam de prontidão no local.
O relatório do MPF revela que boa parte dos custodiados vieram de outras unidades da Federação. “Possivelmente vieram ao QG a partir de ônibus gratuitos de suas cidades financiados pelos agentes organizadores dos atos criminosos ocorridos no dia 08 de janeiro”, traz o documento.
A visita do MPF também verificou que não foram registradas mortes no ginásio. Na última segunda-feira (9), grupos defensores dos atos extremistas divulgaram a informação que uma mulher morrera dentro do local de custódia. Os procuradores asseguraram que mortes não ocorreram entre os presos e mesmo as pessoas que necessitaram de atendimento médico estavam em situação de pouca gravidade.
A situação mais grave registrada pelos procuradores foi o relato de que uma das custodiadas tentou tirar a própria vida “por meio de um corte superficial no pulso”. Contudo, segundo o relatório, o atendimento médico interveio e a pessoa não teve maiores problemas de saúde.
Por fim, segundo o MPF, logo após a lavratura do auto de prisão em flagrante, eram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) e, em seguida, ao complexo penitenciário da Papuda ou à Colmeia, penitenciária feminina do DF.
Receba notícias em primeira mão pelo Whatsapp
Assine nosso canal no Telegram
Siga o NOVO no Instagram
Siga o NOVO no Twitter
Acompanhe o NOVO no Facebook
Acompanhe o NOVO Notícias no Google Notícias