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Bombeiros alertam para cuidados durante o verão

Metade das ocorrências de salvamentos aquáticos no litoral do rio grande do norte acontece entre os meses de janeiro e fevereiro

por: NOVO Notícias

Publicado 26 de dezembro de 2022 às 15:30

Guarda-vidas bombeiros

Cerca de 60 guarda-vidas irão atual no litoral durante o veraneio – Foto: Juliana Manzano

A temporada de verão chegou e os turistas já começam a lotar as praias e lagoas do Rio Grande do Norte. A época é de muita diversão, encontro entre amigos, lazer e curtição, mas exige atenção. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar, 50% das ocorrências de salvamentos aquáticos no litoral potiguar acontecem entre os meses de janeiro e fevereiro. De janeiro a novembro de 2022, o Grupamento de Busca e Salvamento Aquático do CBMRN (GBS) contabilizou 50 mil orientações, 16 mil advertências e 225 salvamentos aquáticos no estado.

O maior número de ações educativas feitas pela corporação para prevenção e prestação de socorro em caso de afogamento acontece neste período de veraneio. Uma das principais recomendações é que, para aproveitar o verão de forma tranquila e segura, é importante que o banhista se informe sobre o local que irá se banhar.

“Se tiver um posto de guarda-vidas, vai lá, conversa com os militares, pergunta onde é mais seguro tomar banho, quais os riscos daquela praia, etc. E se o local não tiver guarda-vidas, busque se informar com pessoas que conhecem a praia, porque eles sabem onde é mais seguro ficar”, explica o tenente Christian Bari.
Outra recomendação é que o turista não faça o uso de bebidas alcoólicas se for entrar na água. “A bebida alcoólica é um fator de risco crítico, porque a pessoa vai tomar banho e acaba se aventurando mais, tomando atitudes que não tomaria se estivesse sóbria”, pontua Bari.

Outro cuidado recomendado é ficar de olho nas crianças. “É importante que os pais que estão com crianças fiquem sempre atentos. Se entrar no mar, ficar com a distância de, no máximo, um braço, porque, se acontece algo com aquela criança, o responsável vai estar pronto para agir”, diz o tenente.

Como todo cuidado é pouco, os Bombeiros também recomendam que os banhistas não entrem na água além do limite da cintura. “Tem algumas praias que as ondas quebram muito no raso, então, nessas, tem que ter cuidado até no raso. Não é só o risco de afogamento, mas de cair e de haver alguma fratura, alguma contusão”, explica Bari.

“Uma dica importante caso a pessoa se encontre em situação de perigo é manter a calma. Se a pessoa se afobar, vai tornar a situação mais crítica. Ela vai nadar contra a corrente, vai se desgastar… então, se não está conseguindo sair da água, se está sendo levado, tenta manter a calma, flutuar se souber, pede ajuda a alguém. Não nade contra a corrente, elas costumam ser muito fortes”, reforça o bombeiro militar.

Durante todo o verão de 2023, cerca de 60 guarda-vidas atuarão diariamente no litoral potiguar – serão de oito a dez no interior e os demais na Grande Natal. Eles estarão divididos em 14 postos, sendo dois em Mossoró e os demais distribuídos entre as praias de Santa Rita, no Litoral Norte, e Pipa, no Litoral Sul.
“Nesse período do ano tem mais gente na praia, aí ativamos mais postos. No que aumenta a quantidade de postos, também aumenta a quantidade de militares, fazendo com que a prevenção de ocorrências seja mais eficaz”, diz o sargento Melo Jr, responsável pelos guarda-vidas do CBM/RN.

O guarda-vidas sargento Wellington de Souza atua nas praias da zona Leste de Natal. Lá, de acordo com ele, um dos trechos mais perigosos é na praia de Areia Preta. “Dos anos 90 aos anos 2000, o índice de ocorrências começou a ser muito grande na Praia do Meio, próximo ao antigo Hotel Reis Magos. Aí foi colocado um posto no local, e hoje isso não acontece mais. Não tem mais ocorrência naquele trecho. Agora, o índice maior é na Praia de Areia Preta. Ali o banhista não consegue ver, mas há uma correnteza, um canal”, alertou.

Na praia de Ponta Negra, na zona Sul, uma das mais frequentadas da capital potiguar, o número de guarda-vidas é menor que nas praias da Zona Leste. No entanto, apesar do maior número de banhistas, o cabo Victor Moura afirma que o local apresenta menos riscos. “Lá, realmente, é bem mais frequentado. Mas, em compensação, o índice de ocorrências lá é bem menor. Aí a gente se concentra nos locais com maior incidência de acidentes”, encerra.

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