Política

Coluna Daniela Freire – 10 de outubro

por: NOVO Notícias

Publicado 10 de outubro de 2022 às 16:02

COLUNA DANIELA FREIRE

Fátima Bezerra

Tão logo foi reeleita com votação histórica no RN, a governadora Fátima Bezerra correu para se encontrar com Lula em São Paulo e assumir a coordenação da campanha do presidenciável líder
nas pesquisas aqui no Estado – Foto: Redes Sociais

Boicote
O ministro potiguar das Comunicações, Fábio Faria, está usando a sua conta no Instagram para direcionar críticas criminalizando os institutos de pesquisa Ipec, Datafolha “e similares”, como ele próprio diz, em vídeo compartilhado nas redes sociais. Além disso, ele também pede que apoiadores do presidente Jair Bolsonaro boicotem esses institutos e não respondam os seus questionários. “Divulgar pesquisas como arma de manipulação do eleitor deve ser proibido. Peço a todos que apoiam o presidente que não respondam nenhuma pesquisa do IPEC, DataFolha e similares no 2º turno”, distorceu.

Perseguição institucionalizada
Fábio é um dos expoentes do bolsonarismo radical que tem dado apoio ao presidente nos ataques aos institutos de pesquisa. Ataques materializados essa semana, inclusive, pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, que encaminhou à Polícia Federal (PF) um pedido de abertura de inquérito sobre a atuação dos institutos de pesquisas eleitorais.

Na prática…
O discurso de Fábio pode servir para engajar eleitores bolsonaristas, mas é bem diferente do que ele pratica e já praticou, na realidade. Por aqui no RN, ele usou e abusou de pesquisas em campanhas eleitorais em que ele e o pai, ex-governador e deputado federal eleito Robinson Faria, disputavam. Fábio sabe muito bem que as sondagens não são feitas para dar resultados de eleições, mas para indicar um cenário, uma possibilidade.

Juntos
Passado o 1º turno das eleições, de onde saiu eleito para o Senado o bolsonarista Rogério Marinho, o deputado federal Rafael Motta mandou recado para a governadora Fátima Bezerra: “Estamos juntos nessa frente ampla pela eleição do nosso presidente Lula”.

Articulador de Lula
O senador pelo PT-RN Jean Paul Prates já se consagrou como um dos aliados mais importantes do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo após ter saído derrotado das urnas como suplente do candidato a senador Carlos Eduardo, Jean manteve a posição de peça-chave na campanha petista. Prova disso é que ainda no domingo pós-eleição ele foi chamado a Brasília para ajudar a negociar o apoio da ex-presidenciável pelo MDB Simone Tebet a Lula.

Ação
O parlamentar iniciou conversas com Simone Tebet por telefone, assim que o resultado final do 1º turno foi divulgado, segundo contou ao blog uma fonte próxima ao líder das Minorias. Isso porque o senador do RN é considerado o petista mais próximo da emedebista no Parlamento. Ela, inclusive, já o visitou em sua residência aqui em Natal. Os dois têm uma relação considerada “pessoal”.

Dupla
Aproveitando o caminho, Jean Paul também foi chamado a abrir diálogo com outra ex-presidenciável: Soraya Thronicke, do União Brasil. O senador petista também começou as conversas com ela por telefone, logo após o resultado do 1º turno. Thronicke já havia dito que não votaria nem em Lula, nem em Bolsonaro, no 2º turno. Mas o papo com Jean foi considerado positivo.

Dando o que falar
Esposa do deputado estadual reeleito Kleber Rodrigues, a jovem advogada Raquel Barbosa ganhou notoriedade nesta campanha ao trabalhar ao lado do marido-parlamentar. Engajada, ela se destacou nas redes sociais principalmente entre o público feminino e conseguiu atrair atenções para Kleber, que saiu vitorioso das urnas com mais de 61 mil votos. O carisma do casal chamou a atenção e pode ser atestado pela grande audiência (refletida em números e estatísticas) em seus perfis sociais.

Giro pelo Twitter…
…do portal UOL: “Entendendo Bolsonaro: Ao propor intervenção no Supremo, Mourão escancara bolsochavismo”;
…do jornalista Bernardo Mello Franco: “O plano de Bolsonaro para subjugar o STF. Mourão expôs roteiro para dominar a Corte: aumentar número de ministros, encurtar mandatos, restringir alcance de decisões”;