Bolsonaristas, incluindo Fábio Faria, são desmentidos pelo UOL no caso das compras de imóveis em dinheiro vivo pela família do presidente

Ministro das Comunicações postou vídeo no Instagram tentando desqualificar a matéria, mas portal apresentou o detalhamento das informações nesta sexta-feira

por: Foto do autor Daniela Freire

Publicado 11 de setembro de 2022 às 17:34

Tão logo as informações publicadas pelo UOL sobre a compra de mais de 50 imóveis com dinheiro vivo pela família Bolsonaro começaram a repercutir Brasil afora e a aparecer na campanha do adversário e líder nas pesquisas Luiz Inácio Lula da Silva, os bolsonaristas, em especial as suas maiores lideranças, como o próprio presidente da República e seus ministros, passaram a tentar desqualificar a matéria, afirmando que o termo “moeda corrente”, utilizado no texto de Juliana Del Piva e Thiago Herdy, não se referia apenas a dinheiro em espécie.

Mas o UOL acabou desmentindo, com documentos e informações detalhadas da apuração da reportagem, ainda nesta sexta-feira, a ‘narrativa’ bolsonarista e comprovou que, sim, “moeda corrente” significa exatamente “dinheiro em espécie”.

Um dos bolsonaristas desmentidos pelo portal, além de Bolsonaro, foi o ministro potiguar das Comunicações Fábio Faria. Como era de se esperar, ele foi um dos que levantaram a voz contra a publicação nas suas redes sociais. Fábio foi ao seu Instagram, em tom indignado, para tentar desmentir o conteúdo.

Munido de bloquinho na mão e uma ‘lousa’ com a frase “moeda corrente X dinheiro vivo”, Fábio partiu para o ataque: chamou as informações da reportagem de “fake news” e acusou a imprensa de estar “fazendo campanha aberta”, de estar “tentando confundir a cabeça do eleitor”, de estar “interferindo na democracia de um país com mentiras”, de estar “inventando ilações e inverdades sobre o presidente Jair Bolsonaro”. “Eu já gravei vários vídeos pedindo moderação à imprensa”, disse no vídeo, sem ser nada moderado.

Em sua postagem, Fábio Faria afirmou que “moeda corrente” significa todo tipo de pagamento, como cheque, transferência bancária, e não apenas dinheiro em espécie. “Vocês quererem colocar que moeda corrente é dinheiro vivo. Só não sai moeda corrente se for em barras de ouro ou em moeda estrangeira”, disse, sempre elevando o tom contra a imprensa, fazendo insinuações de que a matéria teria interesse político.

“Vocês podem não gostar do presidente, mas não podem fazer matéria para tentar ajudar o candidato que vocês gostam. Não pode fazer uma matéria dessas faltando 30 dias para a eleição”, chegou a dizer o ministro.

No entanto, o UOL conseguiu mostrar quem está tentando confundir quem.

Basta ler a matéria abaixo 👇

https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2022/09/09/como-rastreamos-que-o-cla-bolsonaro-pagou-com-dinheiro-vivo-51-imoveis.htm