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Coluna Vinho e Gastronomia – por Rodrigo Lima – 08 de Agosto

por: NOVO Notícias

Publicado 8 de agosto de 2022 às 18:05

COLUNA VINHO E GASTRONOMIA – POR RODRIGO LIMA

VINHO E HOROSCOPO

Cada signo tem um estilo, cruzando perfis e vinhos, é possível encontrar um vinho para cada signo. Levante a mão quem, mesmo considerando-se um cético completo, nunca deu uma espiadela – escondida ou não – na previsão do zodíaco para seu signo. Levar em conta aquelas palavras, muitas vezes enigmáticas, e deixar que influenciem o seu cotidiano, já é outra história. No entanto, a verdade é que, mesmo descrente, não há quem não saiba qual o seu signo. Quando se trata de astrologia, a verdade é que a questão não está em acreditar ou não nas “previsões”, mas em aprender. Astrologia e vinho são linguagens a serem exercitadas e degustadas. Os 12 signos do zodíaco devem ser encarados como 12 arquétipos, 12 modelos, que oferecem uma base descritiva de personalidades e um campo para autoconhecimento. Antes de pensar em “qual é meu signo?” e “que vinho devo tomar?” é importante saber que temos um pouco dos 12 signos em nós e podemos desenvolver todas as qualidades descritas. Ou seja, não é má ideia se deleitar com os 12 tipos de vinhos propostos. Vale lembrar que a Grand Cru Importadora possui uma linha de vinhos – Stardust – com as características propostas para cada signo em harmonia com os descritivos dos vinhos.

TOKAY – CURIOSIDADES SOBRE O VINHO

O temor de uns pode ser o sonho de outros. Enquanto viticultores do mundo todo perdem o sono com medo de que suas plantações sejam atacadas por fungos, outros rezam para que isso aconteça. Na Hungria, o principal vinho, o Tokay, é produzido através de uvas podres atacadas pelo fungo Botrytis Cinérea, que gera um efeito conhecido como “podridão nobre” e deixa o suco do fruto concentrado, resultando num vinho doce sem paralelo. Este vinho, celebrado por diversas personalidades da história, nasce em Tokaj-Hegyalja, uma região do nordeste da Hungria, cercada pelos Montes Cárpatos, às margens dos rios Tisza e Bodrog, a aproximadamente a 200 km de Budapeste. Em húngaro, o “jota” se pronuncia “i”. Por isso, ao se popularizar, o Tokaji ficou conhecido como Tokay. Não se sabe ao certo desde quando os vinhos Tokay são produzidos. Uma das histórias diz que em 1650 a região corria perigo de invasão pelo Império Otomano, assim, o encarregado da vinicultura determinou que a colheita fosse adiada, já que os islâmicos condenavam o consumo de álcool. Com a demora, uma aparente desgraça aconteceu quando as uvas foram atacadas pelo fungo. Para não perder a safra, os cachos contaminados foram separados e só depois adicionados ao mosto feito com as uvas não afetadas. No ano seguinte, quando o vinho foi consumido, percebeu-se que a bebida era um néctar divino.

 A ACIDEZ NOS VINHOS

Vivacidade, energia, frescura, eletricidade são termos, cada vez mais recorrentes, usados na descrição de vinhos. A acidez é o descritor que traduz o conjunto dos ácidos presentes no vinho. O “sabor ácido” era, até pouco tempo atrás, percebido como uma coisa desagradável. Em um restaurante, diante de um cliente, ao afirmar que um vinho “tinha boa acidez”, instantaneamente dava-se espaço para um pensamento de aversão, criava de imediato uma rejeição antecipada ao termo e ao vinho. Felizmente, hoje vai sendo percebido como positivo e essencial. Na verdade, sempre foi crucial no equilíbrio do vinho, pois juntamente com o álcool, constitui as duas traves mestras da arquitetura de qualquer vinho. Quando qualquer um deles se sobrepõe, o equilíbrio fica desde logo comprometido.

VINHO DA SEMANA


Oremus Tokaji Late Harvest 2018

 O vinho da semana é o Oremus Tokaji Late Harvest, produzido pela lendária TEMPOS VEGA SICILIA na Hungria. O vinho é um convite para entrar no universo mágico dos vinhos doces de Tokaj, região localizada no nordeste da Hungria, cuja nobreza de suas vinhas é reconhecida desde 1630. Produzido com o método chamado de “podridão nobre”, no qual o fungo Botrytis cinerea ataca as uvas, que perdem água e concentram açúcar, é um exemplo da importância do tempo, da experiência, e do conhecimento na arte da vinificação. O vinho em questão, é frutado, intenso e estruturado, no qual a acidez equilibra a doçura. Elaborado com as uvas Furmint, Hárslevelü, Zéta e Sárgamuskotály, o mesmo faz estágio de 6 meses em barricas de carvalho, no olfativo apresenta aromas florais e notas cítricas que se confirmam no paladar. Importado pela Grand Cru – R$ 499,00