Geral

Rafael Motta anuncia deputado investigado para ser seu suplente

O candidato a senador pelo PSB anunciou o nome do deputado estadual Souza Neto, investigado na Operação Fura-fila, para ocupar uma das suplências de sua chapa

por: NOVO Notícias

Publicado 8 de agosto de 2022 às 16:03

Souza Neto acionou o STJ, mas teve pedido negado – Foto: Assessoria/ALRN

O candidato ao Senado Federal pelo PSB, Rafael Motta, anunciou neste fim de semana os nomes que comporão a sua chapa, ocupando as vagas de primeiro e segundo suplente nas eleições de outubro próximo. Motta juntou ao seu projeto o deputado estadual Souza Neto, que já havia comunicado que se afastaria da política neste ano, após o fim de seu mandato na Assembleia Legislativa, e a vice-prefeita de Angicos, Cinara Dantas, ambos também filiados ao PSB, formando o que é chamado de chapa puro sangue.

O anúncio chamou muita atenção pela inserção do deputado estadual no projeto. Ele, que estava decidido a sair da vida pública, é investigado pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte em um esquema fraudulento no sistema de marcação de consultas e exames do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado, denunciado pela Operação Fura-fila Souza chegou a ser alvo de um mandado de busca e apreensão quando a operação foi deflagrada, em abril do ano passado.

O parceiro de chapa de Rafael Motta chegou a tentar impedir o andamento das investigações, acionando o Superior Tribunal de Justiça, no entanto, o pedido foi negado, tendo o julgador justificado que “os delitos imputados ao ora paciente não têm pertinência com o exercício das funções de Deputado Estadual”, rechaçando a possibilidade de o processo ser de competência daquela Corte, e negando ainda a hipótese de “constrangimento ilegal na tramitação da investigação penal em juízo de primeira instância”, conforme havia suscitado o deputado.

Seguindo, a decisão aponta os supostos crimes pelos quais o parlamentar e agora candidato a suplente de senador na chapa de Rafael Motta está sendo investigado. O julgador indica os delitos de peculato, falsidade ideológica e corrupção passiva, por ter participado do esquema que incluía dados falsos no Sistema Integrado de Gerenciamento de Usuários do SUS (SIGSUS).

A escolha surpreende por ter potencial contraditório ao discurso proposto pelo titular da chapa, o deputado federal e candidato ao Senado, Rafael Motta. Apesar de parceiros partidários, a suposta atuação criminosa investigada pelo Ministério Público ainda pode render alguma dor de cabeça, caso a investigação evolua até uma possível condenação do deputado e agora suplente do candidato ao Senado pelo PSB no RN.

 

Tags