Brasil

Bolsonaro teme ser preso se perder as eleições

O presidente tem falado cada vez mais sobre seus temores, que incluem a sua prisão e a possibilidade de seus filhos virarem alvos de investigações caso saia do poder

por: NOVO Notícias

Publicado 2 de agosto de 2022 às 11:23

Ação Bolsonaro Ministro Alexandre de Moraes

O presidente da República, Jair Bolsonaro, tem falado cada vez mais sobre a possibilidade de ser preso se deixar o poder – Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a demonstrar preocupações relacionadas a si e a sua família caso perca as eleições deste ano.

O medo que o presidente insiste em falar é, principalmente, de uma eventual prisão para ele, além da possibilidade de que seus filhos virem alvos de investigações após ele perder o poder.

Os temores do presidente foram objeto de artigo da colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, que revelou ter apurado informações de que esse assunto é recorrente entre Bolsonaro e interlocutores, alguns do próprio governo.

Segundo a apuração ainda, o chefe do Executivo não está disposto a fazer dessa uma tarefa fácil, e levanta a possibilidade de haver morte caso tentem prendê-lo, e que ele não é ingênuo para deixar acontecer com ele o que aconteceu com os ex-presidentes Lula e Michel Temer, que foram presos depois de deixarem o poder.

O presidente já chegou a tratar sobre o assunto publicamente. Em atos do dia 7 de setembro do ano passado, Bolsonaro discursou na avenida Paulista, onde disse que existem três possibilidades de ele deixar o Palácio do Planalto: “preso, morto ou com vitória”. Contudo, o presidente ainda exclamou: “digo aos canalhas que nunca serei preso”, descartando a primeira opção.

Alguns dias antes, ele já havia feito discurso semelhante em um encontro de líderes evangélicos em Goiás. Na oportunidade ele disse: “eu tenho três alternativas para o meu futuro: estar preso, estar morto ou a vitória. Pode ter certeza que a primeira alternativa não existe. Estou fazendo a coisa certa e não devo nada a ninguém. Sempre onde o povo esteve, eu estive”.

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