Na última terça-feira (26), a explosão de um carro enquanto abastecia seu cilindro de gás natural veicular (GNV), em um posto na Zona Norte do Rio, deixou um idoso morto e uma mulher ferida. Mário Magalhães da Penha, 67 anos, chegou a ser levado para o hospital, foi submetido à cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos.
Imagens de câmera de segurança do posto de gasolina localizado na Rua Vinte e Quatro de Maio, no Meier, mostram o momento da explosão. O acidente ocorreu logo depois que o motorista abriu o porta-malas do veículo.
De acordo com a Companhia Potiguar de Gás (Potigás), distribuidora exclusiva de gás natural canalizado no Rio Grande do Norte, “o gás natural é mais seguro que os combustíveis líquidos por ser mais leve do que o ar, dispersando rapidamente em caso de vazamentos, e porque durante seu abastecimento não há contato com o ar, diminuindo a possibilidade de combustão. No entanto, quando acontecem acidentes envolvendo o Gás Natural Veicular (GNV), surgem os questionamentos acerca da segurança desse tipo de combustível”, disse a Companhia.
Segundo o gerente comercial da Potigás, Franciney Souza, não há registros de acidentes com GNV com kits regularizados. Isso significa que o GNV é seguro. Todavia as normas de instalação, manutenção e abastecimento devem ser seguidas.
“O motorista deve procurar uma oficina homologada pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) para realizar a conversão com segurança e atendimento aos requisitos legais, em seguida, passando pela inspeção veicular, regularizar o veículo junto ao Detran. Esses passos são importantes para garantir a segurança de todos”, explica Franciney Souza.
Conforme dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), os acidentes em postos de GNV são causados pela má instalação ou instalação clandestina de kits de gás natural, com válvulas não homologadas e/ou uso de botijões de GLP que não resistem à pressão fixada pelo órgão.
– Somente fazer a instalação do kit GNV em oficina homologada pelo Inmetro;
– Exigir da oficina instaladora a nota fiscal e o Certificado de Homologação do Inmetro para regularizar a conversão no Detran;
– Fazer as revisões periódicas do kit e cilindro somente em organismo de inspeção homologados pelo Inmetro;
– Realizar a requalificação (reteste) do cilindro, em oficina credenciada, a cada cinco anos ou quando o cilindro for reinstalado em outro veículo, atentando para o limite máximo de uso de 20 anos;
– Jamais utilizar recipientes de GLP ou de refrigeração para sistema GNV (esses cilindros não são adequados para uso veicular, não suportando a pressão do GNV e estourando durante o abastecimento). É crime;
– Seguir as normas de segurança para o abastecimento como desligar o motor e todos os equipamentos do veículo, desembarcar todos os ocupantes e permanecer em lugar seguro, o frentista deverá fazer o aterramento junto à válvula de abastecimento e verificar a pressão máxima de abastecimento que deve ser de 220kgf/cm².
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