Economia

Tá faltando gasolina

Estabelecimentos apresentam aumento de até R$ 0,70 no preço do litros nos últimos dias, segundo motoristas

por: NOVO Notícias

Publicado 25 de julho de 2022 às 16:00

Posto de combustível

Valores cobrados pelos postos de combustíveis têm apresentado variação; Sindipostos relata ‘escassez’ nos não-bandeirados – Foto: Dayvissom Melo/NOVO Notícias

Mesmo com a redução de R$ 0,20 por litro de gasolina nas refinarias da Petrobras na semana passada, os potiguares vêm observando aumento no preço do combustível em alguns postos nos últimos dias. A depender do estabelecimento, o valor do litro pode estar até R$ 0,70 mais caro. É o que relata o motorista por aplicativo Gilsemario Robson.

“Na estrada para Ceará-Mirim, tem posto vendendo a R$ 6,39 e outros que já tão em R$ 6,99. Uma diferença de R$ 0,60. E se pesquisar ainda encontra uns com R$ 0,70 de diferença”, relatou.

Almir Gomes é motorista particular. Ele também relata que vem observando diferença nos preços. “Tive vendo essa diferença, mas estou abastecendo nos postos bandeirados, que trazem mais segurança pra gente”, contou.

Essa diferença de valores não é comum no Rio Grande do Norte, uma vez que os preços costumam ser muito parecidos. Os valores mais altos são observados em postos não bandeirados. Ou seja, que não fazem parte da rede de distribuidoras oficiais, como a BR, da Petrobras. Esses estabelecimentos compram a gasolina excedente (que sobra) dos postos bandeirados.

No entanto, de acordo com o presidente do Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis do RN (Sindipostos-RN), Maxwell Flor, está faltando gasolina no mercado. “O que vem acontecendo não só aqui no RN, mas do Ceará até Alagoas, é a falta de gasolina. E o que as distribuidoras alegam é que essa escassez é por conta do etanol anidro, que é adicionado a ela para ser vendida. Então eles têm hoje a gasolina A, que é a gasolina pura, e quando mistura com o etanol anidro forma a gasolina C, que é a vendida nas bombas. As distribuidoras têm obrigação de fornecer a gasolina para os postos de sua rede, que chamamos de ‘bandeirados’. E os não bandeirados não têm vínculos, são independentes. Então, quando há uma escassez do produto, eles ficam sem ter a quem comprar”, explicou.

Maxwell contou, ainda, que quando isso acontece, os postos não bandeirados precisam comprar gasolina onde tiver disponível – muitas vezes em outros estados. E tudo isso causa custos adicionais à empresa. É aí que o preço final aumenta.

O presidente do Sindipostos informou que a previsão para a normalização da oferta é esta semana. “A previsão é de se normalizar até essa semana. Mas é garantindo mesmo [de ter gasolina] só os postos bandeirados”, disse.

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