Está em cartaz na Pinacoteca do Estado, a exposição “O Sertão Virou Mar”, do artista multimídia potiguar, Azol, composta por 43 fotomontagens digitais e 10 pinturas, além de três trabalhos de videoarte, uma instalação e um vídeo com depoimentos do artista e do curador Marcus Lontra. Os trabalhos seguem expostos até o dia de julho, de terça-feira a sexta-feira, de 8h às 17h; sábados e domingos, de 10h às 16h.
A árida paisagem do sertão nordestino é a inspiração de Azol para compor seu universo pictórico. Ao empregar uma variedade de plataformas a favor da criatividade, o artista recorre a linguagens distintas para revelar um sertão mágico e deslumbrante.
“Ofereço um estimulo ao observador, que o faz embarcar numa jornada para o sublime. O mar é uma metáfora utópica para a criação de um sertão que é o contraponto da sua realidade. As fotografias produzidas apresentam fragmentos do real, se impregnam de múltiplos significados e sentimentos, tornam-se plurais, transformadas pela provocação que se faz à imaginação. A rudeza e a aspereza dos ambientes registrados são transformadas em novas realidades, aquelas que, em nosso inconsciente, as chuvas poderiam revelar: abundância, esperança, fertilidade. O mar é água, é a força transformadora do sertão; isso nos convoca à construção de uma possível existência”, registra Azol.
Artista visual formado em Cinema e Artes Gráficas nos Estados Unidos, Azol dirigiu curtas-metragens e produziu programas para as TVs Manchete, Bandeirantes e Globo. Trabalhou com publicidade, criou conteúdo para internet e produziu vídeos institucionais para empresas. Trabalha em caráter multidisciplinar, visando criar um diálogo com outras formas de expressão artística para fomentar um pensamento poético e sensível às diversas questões que movem o espírito e o fazer artístico. Produz trabalhos em pintura, escultura, colagem, mural, videoarte, literatura e fotografia.
Em 2016, entrou para o grupo de estudos de arte no ateliê do pintor Sérgio Fingermann, com o intuito de aprofundar suas pesquisas nas diversas linguagens com as quais atua. Participou de exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior (França, EUA e Nações Unidas), e de feiras de arte em Paris e Nova York. Azol mora em São Paulo há 30 anos.
Nessa série de fotomontagens, a sobreposição das duas linguagens foi combinada com a utilização de multicamadas de filtros. “A técnica usada é a colagem digital. Fiz a fusão dos arquivos de fotos com arquivos de fotos das pinturas e fui manipulando as imagens. O processo é demorado. Foram meses de tentativas e erros, até chegar a um resultado satisfatório”, esclarece o artista.
Receba notícias em primeira mão pelo Whatsapp
Assine nosso canal no Telegram
Siga o NOVO no Instagram
Siga o NOVO no Twitter
Acompanhe o NOVO no Facebook
Acompanhe o NOVO Notícias no Google Notícias