Adulto ou criança, rede pública ou privada, tanto faz. A certeza que se tem ao necessitar de um pronto atendimento é a de que virá pela frente uma longa espera com recepções lotadas em todos os turnos e pessoas doentes que não param de chegar. Com situação de emergência decretada por conta da epidemia de dengue no Estado e período chuvoso que favorece tanto a proliferação do mosquito Aedes Aegypti quanto o excesso de síndromes gripais, principalmente, em crianças, a situação nas urgências pediátricas e adulto da capital é de caos.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, as quatro Unidades de Pronto Atendimento de Natal estão funcionando muito além da sua capacidade. Nos hospitais privados, a situação é a mesma. Urgências superlotadas e alguns chegando até a limitar o atendimento para evitar horas de espera. O quadro da maioria dos pacientes é semelhante e os diagnósticos oscilam entre dengue, chikungunya, gripe e pneumonia.
Para tentar minimizar a superlotação das unidades e reduzir o tempo de espera dos pacientes, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) está ampliando o atendimento em algumas unidades básicas de saúde, principalmente, nas regiões onde a demanda tem sido maior, como é o caso da Zona Oeste e Norte da capital. “A partir desta segunda (23), a UBS de Cidade da Esperança já vai ter um plantão extra de 12h com médico e equipe de enfermagem para tratar casos leves, que podem ser atendidos em uma Unidade Básica. Posteriormente, também iremos abrir esse plantão extra na UBS do Pajuçara. Estas são regiões em que as UPAs estão sempre muito cheias, então, pretendemos minimizar o tempo de espera dos pacientes”, explica o secretário de Saúde de Natal, George Antunes.
De acordo com o titular da SMS, a UPA do Pajuçara tem funcionado muito além da sua capacidade, pois também tem recebido a demanda de municípios vizinhos. “Precisamos que a população também tenha consciência e ajude a evitar os focos de dengue. O período chuvoso favorece a dengue e as síndromes gripais, então, o que todos nós temos que fazer é a nossa parte”, acrescenta George Antunes.
Em menos de um mês, a funcionária pública Letícia Costa já precisou levar a filha de dois anos por três vezes à urgência pediátrica. Ela conta que três horas e meia foi o menor tempo de espera, mesmo na rede privada. “Na primeira vez, foram mais de quatro horas. Na segunda, passaram exames, então, foi mais uma hora e meia para aguardar o resultado. Mas isso ainda é o de menos. Pior mesmo é ter que ficar aguardando em salas superlotadas com várias crianças doentes, tossindo e ‘compartilhando’ vírus. Eu evito ao máximo levar minha filha à urgência. Só levo quando o tratamento em casa não dá resultado, mas o risco de levar para o ambiente hospitalar da forma que está hoje também é difícil”, pontua a mãe de Liz.
Na Grande Natal, a situação se repete. O universitário Vinícius Neto passou dois dias com vômito, diarreia e dor de cabeça. Procurou atendimento na UPA Nova Esperança, de Parnamirim, e foi atendido algumas horas depois. Mesmo sem passar por exames, o diagnóstico foi o de virose.
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