Cotidiano

Casos de dengue crescem 818% no RN em relação ao ano passado

No total, a Sesap registrou, de 1º a 15 de abril deste ano, 3.995 casos de dengue: 3.560 a mais que no último ano, quando 435 ocorrências foram contabilizadas

por: NOVO Notícias

Publicado 2 de maio de 2022 às 16:14

Mosquito Aedes Aegypti

Mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya – Foto: Arquivo/NOVO

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) tem divulgado nos últimos dias dados sobre arborviroses urbanas em todo o Rio Grande do Norte. Os números de casos de dengue cresceram em comparação com 2021.

No total, a Sesap registrou, de 1º a 15 de abril deste ano, 3.995 casos de dengue: 3.560 a mais que no último ano, quando 435 ocorrências foram contabilizadas.

Os casos de zika e chikungunya, doenças que também são transmitidas pelo mosquito aedes aegypti, também tiveram crescimento no Rio Grande do Norte.

Segundo a Sesap, os casos prováveis de chikungunya passaram de 570 para 1.494 casos prováveis, enquanto os de zika aumentaram de 39 casos prováveis ano passado para 321 em 2022.  Novos dados devem ser divulgados nos próximos dias.

As arboviroses apresentam sinais e sintomas comuns entre si, como febre, dores nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos no caso da chikungunya e zika.

“É importante que os serviços de saúde estejam atentos à notificação dos casos suspeitos, e que a população esteja atenta aos sinais de alarme, como dor abdominal, vômitos persistentes e sangramento de mucosas, pois devem procurar imediatamente os serviços de saúde”, explica Sílvia Dinara, coordenadora do programa estadual de combate às arboviroses.

A Sesap reforça, junto à população, os cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito aedes aegypti, transmissor das arboviroses, como manter os quintais livres de possíveis criadouros do mosquito; esfregar com bucha as vasilhas ou reservatórios de água de seus animais; não colocar lixo em terrenos baldios; manter caixas d’água sempre tampadas e cuidar de qualquer local que possa acumular água parada. Além dos cuidados, é importante receber a visita do agente de endemias e esclarecer possíveis dúvidas.

A pasta está desenvolvendo diversas ações para controle das arboviroses, como visitas técnicas, capacitações, operações de UVB pesado e distribuição de larvicida para todos os municípios. A secretaria monitora os dados dos municípios em relação à cobertura de imóveis visitados pelos Agentes de Combate às Endemias para verificar a presença de criadouros de aedes aegipty, eliminar, tratar focos e orientar os moradores sobre medidas preventivas das arboviroses.

A população pode colaborar com a notificação de possíveis focos do mosquito ou possíveis casos de Dengue, Zika ou Chikungunya através do NOTIFICA RN.

ARBOVIROSE NO RIO GRANDE DO NORTE

DOENÇA

DENGUE:
2021: 435
2022: 3.995

CHIKUNGUNYA:
2021: 570
2022: 1.494

ZIKA:
2021: 29
2022: 321

O que fazer para eliminar o mosquito

O principal meio de transmissão das três arboviroses é a picada de mosquitos aedes aegypti, os mesmos que transmitem a febre amarela.

Os principais focos de combate devem ser frascos plásticos, galões, pneus, vasos de plantas, recipientes de todos os tamanhos como tampinhas de garrafa ou mesmo sacolas plásticas, o ambiente ideal para a fêmea depositar ovos.

Os primeiros cuidados que devemos ter para reduzir os locais de proliferação do mosquito e evitar as doenças são:

  • Tampar lixeiras;
  • Tampar tonéis e caixas d’água;
  • Manter as calhas sempre limpas;
  • Limpar ralos e colocar telas;
  • Deixar garrafas e recipientes com a boca para baixo;
  • Preencher os pratos de vasos de plantas com areia;
  • Manter lonas para materiais de construção e piscinas sempre esticadas para não acumular água;
  • Limpar com escova ou bucha os potes de água para animais.
Tags