MAIS DEPUTADOS, MENOS DINHEIRO
Nas eleições de outubro, quando o assunto é dinheiro do fundo eleitoral – são 4,9 BILHÕES de reais – vai valer o ‘menos é mais’, termo criado pelo arquiteto alemão Ludwig Mies van der Rohe, imprimindo a ideia de que as coisas simples são melhores que as complexas. Com o troca-troca de partidos enquanto a janela eleitoral esteve aberta, o partido que ganhou mais deputados, receberá menos dinheiro.
O PL, partido de Bolsonaro, saiu de 43 para 77 deputados. Porém, a dinheirama será repartida entre as legendas com base no tamanho das bancadas formadas em 2018 na Câmara e Senado. E o PL receberá o valor equivalente a 43, mas terá que distribuir com 73.
A sorte do PL é que o espaço de propaganda no rádio e TV será contabilizado de acordo com o quadro atual das legendas, e o PL terá o tempo equivalente à bancada de 73.
MENOS DINHEIRO, MAIS TEMPO NA TV
Se o PL perde dinheiro, o União Brasil ganha e ganha muito. Criado a partir da fusão do PSL com o DEM, os dois partidos tinham juntos uma bancada de 81 (52 do PSL e 29 do DEM), e com a saída de parlamentares, principalmente do PSL, para o PL bolsonarista, a bancada caiu para 50. Então o UB vai receber o valor equivalente a 81 para repartir com 50.
Com os bolsos cheios, o União Brasil perde tempo na TV e rádio, e em vez de contabilizar espaços equivalentes a uma bancada de 81, terá o tempo só de 50.
Assim como o PL, outros partidos que mais perderão dinheiro, por terem aumentado as bancadas são o PP e o Republicanos. O PP receberá o dinheiro de 38 (antiga bancada) para repartir com 50 (nova bancada), e o Republicanos repartirá com 46 o valor de 31.
Os outros partidos tiveram alterações menos relevantes.
#TAMOJUNTO?
Há muito se diz que onde o deputado Ezequiel Ferreira (PSDB) estiver, o deputado Walter Alves (MDB) também estará, e vice-versa.
E agora, com essa nominata do MDB para deputado estadual, comandada pelo prefeito de Natal, Álvaro Dias, fica a pergunta: onde estiver o deputado Walter, presidente do MDB, o prefeito Álvaro também estará?
Ao Blog o prefeito disse que não, mas como quem prefere não falar sobre o assunto.
Álvaro é do PSDB.
O filho Adjuto Dias é do MDB, e o nome forte da nominata que está sendo montada por ele e pelo pai. Presidente e vice do MDB, Walter e Garibaldi Filho focam na nominata federal, onde o nome forte é o do ex-senador.
Pai e filho certamente seguirão a máxima de Ezequiel e Walter, e onde um estiver, o outro também estará.
Resta saber para onde vão o MDB de Walter e o PSDB de Ezequiel…e de Álvaro também?
A coluna nem vê Ezequiel como candidato a governador nem Walter como vice. Pelo menos como vice na oposição.
DNA
Dos nomes da nominata com DNA de Adjuto e de Álvaro: Adjuto Dias, o vice-presidente da Câmara de Mossoró, Isaac da Casa; a ex-secretária da Igualdade Racial da Prefeitura de Natal, Yara Costa; a ex-secretária de Defesa Social da Prefeitura de Natal, Sheila Freitas; o ex-vereador Dagô; o ativista mossoroense Coronel Gomes; a jornalista Anne Marjorie; o locutor de vaquejadas, Prefeito Locutor, e o ex-atleta paralímpico, Eduardo Gomes.
FAMOSO QUEM?
A apresentadora do programa ‘Muído Potiguar’ e influenciadora digital, Fernanda Guimarães, deu aula de sensatez ao não se deixar levar pelo sucesso nas redes sociais e se entregar a um partido político, muito mais para juntar votos para quem já tem passaporte carimbado com um mandato na Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal, do que para se eleger. E também por criticar influenciadores digitais que nunca falaram de política, se jogando em uma candidatura. “É uma galera que nunca usou a visibilidade aqui da internet para falar um A de política, que nunca se posicionou em porra nenhuma. Essa galera vai botar muito peixe grande pra dentro e talvez eles mesmo nem entrem”, disse Fernanda, em comunicado que fez no seu perfil no instagram, ao se pronunciar sobre o convite que recebeu do deputado federal Marcelo Freixo para se filiar ao PSB.
Fernanda Guimarães, além de grande visibilidade nas redes, é politizada, e se posiciona na internet sobre assuntos do momento no Rio Grande do Norte e no Brasil. Poderia sim, ter aceitado entrar para a disputa.
CONTRAMÃO
Outro que também não aceitou ser candidato, mas até se filiou ao PSDB, foi o humorista Tiago Dionísio. Com mais de 3,8 milhões de seguidores no instagram e mais de 5 milhões no TikTok, Tiago já entrou para a política. E fez o caminho inverso, já que tentou um mandato de vereador em Parnamirim antes de virar famosinho.
Era filiado ao Solidariedade, teve 1.020 votos e ficou na suplência.
É DE CASA
E ficamos combinados assim. Apesar de no coração da governadora Fátima Bezerra bater a candidatura de Samanda Alves a deputada federal, no Centro Administrativo, colegas de trabalho deverão apoiar a candidatura a deputado federal do ex-secretário de Projetos, Fernando Mineiro.
Outro nome que até bem pouco tempo figurava como provável concorrente de Mineiro e Samanda era o do secretário de Tributação do Estado, Carlos Eduardo Xavier. Porém, Cadu atendeu apelo da governadora que considera imprescindível a atuação dele na pasta.
CHOCADA
Pergunta besta que não quer calar para terminar por aqui…
Qual foi o presidente de partido que foi cobrar a um dos pré-candidatos da nominata, o valor de 50 mil reais para pagar a entrada de um batedor de esteira?
O Brasil continua o mesminho.
