No dia 22 janeiro, o RN bateu recorde de positividade dos testes realizados, quando 53% das amostras colhidas em um dia deram positivo; já no início de março, o percentual de positivados foi de apenas 2,15%, o menor desde o início da pandemia
Publicado 21 de março de 2022 às 16:00
Há pouco mais de dois anos, o mundo vive as amarguras de uma pandemia que já ceifou a vida de mais de seis milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil foram, até a última sexta-feira (18), mais de 650 mil mortos pela covid-19, o equivalente a 10% das vítimas de todo o mundo. No Rio Grande do Norte, o número de mortos pela doença já passa dos oito mil.
Apesar de todas as consequências, o mundo parece começar a enxergar o fim desse período nocivo para todos. Em algumas partes do mundo, as medidas restritivas impostas para tentar frear o vírus já estão sendo flexibilizadas. Nas últimas semanas o Brasil começou a agir nesse sentido, e no Rio Grande do Norte, até o uso de máscaras já não é mais obrigatório e lugares abertos, segundo decreto publicado pelo Governo do Estado. Toda essa flexibilização acontece graças à diminuição do número de casos, que por sua vez é atribuída ao avanço da vacinação. Isso é o que garante o imunologista Leonardo Lima, pesquisador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) da UFRN.
“A gente hoje tem observado os resultados de uma extensa campanha de vacinação. Essa diminuição que a gente tem visto ao longo dos últimos dias, das últimas semanas é fruto dessa vacinação extensa e que fizemos ao longo desses meses todos de enfrentamento da doença”, diz o pesquisador Leonardo Lima.
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O momento de calmaria chega após um grande susto na população, que viu o aumento repentino do número de casos lotar hospitais novamente. No início deste ano vivemos uma nova onda, e a quantidade de infectados chegou a bater recorde. Contudo, a letalidade foi bem menor se compararmos às duas ondas anteriores, ocorridas ainda em 2020 e 2021.
Em números totais, a quantidade de casos confirmados no RN saltou de 4.631 em dezembro, para 52.567 em janeiro. Logo em seguida uma tímida melhora começou a aparecer, quando em fevereiro foram contabilizados 41.542. Neste mês de março, até a última quinta-feira (17), pouco mais da metade do mês, o número de positivados era de 4.907, o que indica que teremos o mês com menor número de casos deste ano de 2022.
A melhora que vivemos hoje indica que mais uma etapa difícil da pandemia foi superada, como aponta o imunologista Leonardo Lima, pesquisador do LAIS.
“De uma forma geral é possível avaliar que a gente já passou por uma fase muito complicada, por uma fase muito difícil, e que apesar de termos boas perspectivas para que nos próximos meses a covid se torne uma doença endêmica, é preciso que a gente continue vacinando especialmente aqueles que ainda não tomaram nenhuma dose dos imunizantes”, diz o pesquisador.
Outro dado capaz de dar uma dimensão do que foi essa última onda é o percentual de testes positivos, quando atingimos o maior número desde o início da pandemia. No dia 22 de janeiro, 53,47% dos testes realizados no RN tiveram resultado positivo para o novo coronavírus. Na segunda onda, o maior percentual foi atingido em 18 de fevereiro de 2021, quando 47,22% dos testes foram positivos; e na primeira onda, o pico foi de 42,8% no dia 27 de fevereiro de 2020.
Para se ter uma ideia do quanto o cenário melhorou, neste mês de março chegamos ao menor percentual desde o início da pandemia. No último dia 13 apenas 2,15% dos testes realizados tiveram resultado positivo.
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