Em um mês, número de casos confirmados de dengue aumenta 983% no RN

Dados são dos Boletins Epidemiológicos das Arboviroses divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde. Estado se encontra no período sazonal das arboviroses (novembro a maio)

por: NOVO Notícias

Publicado 8 de março de 2022 às 10:10

Mosquito Aedes aegypti – Foto: Getty Images

O segundo Informe Epidemiológico das Arboviroses no RN de 2022, divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) nesta segunda (7), aponta que 130 casos de dengue foram confirmados de fevereiro a março deste ano. O número representa um aumento de 983.33% com relação ao período de janeiro a fevereiro.

No primeiro Informe do ano, 441 casos foram notificados. Desse total, 31 foram confirmados, 416 foram considerados prováveis e 25 foram descartados. No novo documento, 1.013 casos foram notificados. Desses, além dos 130 confirmados, 759 foram considerados prováveis e 254 descartados. Nenhum óbito foi registrado este ano até o momento.

Chikungunya e Zika

Com relação à Chikungunya, foram notificados no RN, até março de 2022, 510 casos suspeitos da doença, sendo 70 confirmados (483% a mais do que no mês anterior), 461 considerados prováveis e 49 descartados. Nenhum óbito foi confirmado.

Já no que diz respeito à Zika, foram notificados no segundo Informe Epidemiológico do ano 77 casos suspeitos da doença, sendo 2 confirmados, 75 considerados prováveis, 2 descartados e nenhum óbito. Até então, nenhum caso da doença havia sido confirmado em 2022.

Prevenção

A Sesap alerta para a importância das ações de controle, vigilância e prevenção relacionadas às arboviroses, já que o RN se encontra no período sazonal dessas doenças (novembro a maio), quando as altas temperaturas combinadas às chuvas propiciam a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das arboviroses.

“Como estamos próximos ao início do período de chuvas, devemos reforçar os cuidados de prevenção e controle, com destaque para o armazenamento seguro e apropriado da água, para evitar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti. Por exemplo, no caso de residências usadas com pouca frequência, como casas de praia, há uma tendência maior de criação e reincidência de focos do mosquito. Então orientamos os agentes de endemias a dar uma atenção especial a esses imóveis, em seu trabalho de controle vetorial. Além disso, é preciso que toda a população faça a sua parte, que cada morador cuide do seu domicílio, com foco na limpeza, no descarte correto do lixo e na eliminação de possíveis criadouros do mosquito”, destacou Silvia Dinara, responsável técnica pelo Programa Estadual de Controle da Dengue.

Alguns cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das arboviroses, são:

  • Manter os quintais livres de possíveis criadouros do mosquito;
  • Esfregar com bucha as vasilhas ou reservatórios de água dos animais;
  • Não colocar lixo em terrenos baldios;
  • Manter as caixas d´água sempre tampadas;
  • Observar vasos e pratos de plantas que acumulam água parada;
  • Observar locais que possam acumular água parada, como: bandeja de bebedouros e de geladeiras, ralos, pias e vasos sanitários sem uso;
  • Receber a visita do agente de endemias, aproveitando a oportunidade para tirar possíveis dúvidas;
  • Manter em local coberto pneus inservíveis e outros objetos que possam acumular água.
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