ROGÉRIO SEM PALANQUE…
O ministro Rogério Marinho segue pré-candidato a senador sem um palanque completo para abrigar Jair Bolsonaro quando o presidente passar por Natal como candidato à reeleição.
Rogério segue sem candidato a governador.
Ninguém topou disputar com a governadora Fátima Bezerra e quem topou, parece não ter chamado atenção de Rogério.
O empresário Haroldo Azevedo se apresenta como o nome ideal da oposição desde que começou a se falar de eleições 2022, mas ninguém da oposição parece ter dado crédito à candidatura.
Haroldo já ensaiou se filiar ao PP, conversou com o presidente Beto Rosado, e ficou acertado que ele percorreria o estado para novas conversas políticas para depois tratar da filiação. A impressão que dá é que o PP empurrou com a barriga, deu tempo ao tempo para ver se aparecia um outro nome que chamasse atenção de Rogério.
…E SEM MOSSORÓ
E o ministro Rogério Marinho tentou, deu o primeiro passo, foi a Mossoró buscar o apoio do prefeito Allyson Bezerra.
Voltou sem nenhuma garantia.
Allyson respondeu a Rogério o que tem dito em entrevistas: tem que fazer por Mossoró.
O ministro Fábio Faria articulou junto ao governo federal, a liberação de mais de 50 milhões para o município de Mossoró. Rogério tem pouco tempo no Ministério para prometer, viabilizar e liberar. Se conseguir, pode ganhar a simpatia do prefeito bem avaliado.
Sem definição sobre candidaturas majoritárias, Allyson segue cuidando da disputa proporcional, onde o Solidariedade tem as candidaturas a federal do presidente da Câmara de Mossoró, Lawrence Amorim, e o deputado Kelps Lima.
Aposta na eleição dos dois, mas sabe que não será tão simples assim. Nos bastidores todo mundo sabe que todo mundo sabe que a disputa interna é real.
TOQUE DE RECOLHER
O atraso na escolha do candidato a governador de oposição no Rio Grande do Norte tem um porquê, além das dificuldades já conhecidas.
Os articuladores de uma imaginária chapa oposicionista encomendaram uma pesquisa qualitativa para saber se, além dos que não desejam, aparece alguém que reúna as melhores condições de enfrentar a governadora Fátima Bezerra.
São 20 grupos focais, com a testagem dos nomes já postos. O resultado que sai esta semana deve convencer entusiasmados a se recolherem e cautelosos a ocuparem a dianteira do processo
ORGANIZAÇÕES TABAJARA
Não era só nas prestações de contas como prefeito, pelo menos 3 com recomendação de reprovação pelo corpo técnico (e não político) do Tribunal de Contas, que o ‘senador de Fátima’, Carlos Eduardo Alves, se mostrou desorganizado.
Como presidente do PDT no Rio Grande do Norte, além de não conseguir fazer o partido existir – elegeu apenas 5 prefeitos de municípios pequenos – ainda deixou vencer o prazo do diretório em que ele próprio é – ou era – o presidente.
Resultado: desde primeiro de fevereiro que o PDT não tem comando no RN, daí ele estar de passagem comprada para Brasília, para tentar ser reconduzido pelo presidente Carlos Lupi.
E o que ele vai apresentar no diretório nacional para mais uma vez ganhar o cargo e suas benesses de presidente: um partido sem comando e sem representatividade, com 5 prefeitos onde nem todos lhe dão apoio, e onde os 5 vereadores filiados estão brigando para deixar a legenda, e se não conseguirem não apoiarão sua candidatura ao Senado.
FÁTIMA & ROGÉRIO
A governadora Fátima Bezerra caiu no conto do Senado, por acreditar que o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves lhe dará os votos que Natal não lhe deu em 2018.
Os dados reais mostram que quem queria votar em Carlos, num palanque onde ele está com Fátima, votará em Rogério Marinho para o Senado.
O PT não fez as contas que a maior rejeição a Rogério não está em Natal, mas no interior do Rio Grande do Norte.
Insistindo em ter Carlos Eduardo no seu palanque, a governadora Fátima poderá eleger Rogério.
PT COADJUVANTE
Há quem jure de pés juntinhos que, apesar da ira que o PT tem do ministro Rogério Marinho, por ter sido ele o relator da reforma trabalhista e o mentor da reforma previdenciária, muitos petistas torcem pela vitória de Rogério, numa disputa entre ele e Carlos Eduardo.
É que os planos futuros de Rogério na política não atrapalham o do PT.
Já os de Carlos, precisam do PT para se concretizar, e se concretizados, não precisarão mais do PT.
Carlos quer ser senador para disputar o governo com a chance de vitória que nunca teve nas duas eleições que disputou. E estando no Senado, antes da disputa pelo Governo, lançar a esposa, Andrea Ramalho Alves, candidata à prefeita de Natal.
Aonde vai caber o PT aí, como coadjuvante, só a história dirá.
Quem sabe um dia Fátima vira vice de Carlos.
Ou vereadora de Natal.
A história de Wilma de Faria poderá se repetir.
A ESPERA DOS ALIADOS
Presidentes do PSB e PROS, o deputado federal Rafael Motta e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado, ainda aguardam uma conversa política com a governadora Fátima Bezerra.
Apesar de ser considerado concretizado o nome de Carlos Eduardo Alves para o Senado na chapa de reeleição da governadora, Jaime ainda aposta no nome de Rafael. E Rafael considera que o secretário poderia agregar sendo o vice de Fátima.
COMO ASSIM, SIMONE?
O MDB anunciou que não fará federação, e a decisão facilita a vida do partido no Rio Grande do Norte onde o deputado e presidente da legenda, Walter Alves, está mais para uma aliança com o PT da governadora Fátima Bezerra do que com a União Brasil, por exemplo.
No plano nacional não deu para entender muito bem a declaração do presidente Baleia Rossi, dizendo que “manteremos as conversas com os partidos do centro democrático para a construção de uma candidatura única à Presidência da República”, quando a candidatura trabalhada é a da senadora Simone Tebet. “Respeitando os demais pré-candidatos, o MDB seguirá na defesa da capacidade e viabilidade do nome da senadora Simone Tebet”, declarou Baleia.
E todo mundo sabe que todo mundo sabe que partidos do centro democrático aos quais Baleia se refere estão muito mais para Lula do que para Simone. Até dentro do próprio MDB a maioria se posiciona assim.
MDB DE LULA
E a conversa do MDB com o ex-presidente Lula, prevista para logo depois do carnaval, teve que ser adiada.
É que o ex-presidente teve que viajar para o México, onde participou de evento político na Câmara dos Deputados daquele país.
O ex-senador Garibaldi Filho, que vai disputar cadeira de deputado federal pelo partido, já estava em Brasília para o encontro, que agora deverá acontecer, em data ainda não confirmada, em São Paulo.
