RN registra a menor taxa de transmissão de Covid-19 desde o início da pandemia e zera fila de UTI

LAIS recomenda que esse é o momento de o Estado discutir a flexibilização do uso de máscaras em locais abertos

por: Foto do autor Daniela Freire

Publicado 7 de março de 2022 às 16:44

O Rio Grande do Norte registrou nesta segunda-feira (07) pós-carnaval a menor taxa de transmissibilidade de covid-19 desde o início da pandemia. Os dados são do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) da UFRN e indicam que, hoje, a transmissão da doença no Estado está abaixo de 0.5. Para se ter uma ideia, em março de 2020 esse número era 1.10, segundo afirmou ao Blog o coordenador do LAIS e membro do Comitê Científico Ricardo Valentim.

“Essa é a menor taxa de transmissibilidade até agora registrado no RN. Isso demonstra o controle da pandemia. E a gente consegue comprovar essa taxa baixa quando olha para os dados nas questões assistenciais”, disse Valentim.

Isso porque o Rio Grande do Norte não apenas registrou a menor transmissão de Covid como amanheceu hoje com fila zerada para internação de pacientes em UTI, além de estar apresentando as menores quantidades de pedidos por internação durante toda a pandemia. “São dados extremamente importantes, que consolidam essa nova taxa de transmissibilidade”, reforçou.

Por conta desses números, o LAIS está, sim, recomendando que este é o momento de o Estado discutir a flexibilização do uso de máscaras, como sugeriu nesta segunda pela manhã, em entrevista, o secretário estadual de Saúde, Cipriano Maia. Aliás, os dados e o posicionamento do LAIS embasam a fala do secretário.

Mas, segundo Ricardo Valentim, esse debate deve se dá, por enquanto, com relação ao uso do equipamento apenas em ambientes abertos. No caso de ambientes fechados a recomendação do LAIS é de que as discussões sobre o uso de máscara só ocorram no início de maio. “Quando iremos analisar aspectos relacionados à sazonalidade”, destacou Valentim.

E essa flexibilização total do uso de máscaras e de outras medidas restritivas devem estar sempre associadas à cobertura vacinal, segundo o LAIS. “É importante que o RN alcance população com 85% com a segunda dose da vacina e 70% com a dose de reforço”, reforçou o coordenador do LAIS.