COLUNA DANIELA FREIRE
Peso da decisão
Uma eventual indicação de Carlos Eduardo Alves para disputar o Senado na chapa governista de Fátima Bezerra conta com o apoio do PT nacional, comandado pela ex-senadora Gleisi Hoffmann. Foi o que afirmou à coluna um petista com histórico de décadas no partido, que revelou haver um clima de divisão interna na legenda diante dessa articulação já avançada com o ex-prefeito de Natal.
A tática eleitoral
Segundo a fonte, o PT local está se espelhando no diretório nacional, que busca atrair para o seu campo de aliados o PDT, esvaziando a candidatura de Ciro Gomes a presidente. Uma conversa reservada, há poucos dias, entre Fernando Haddad (PT) e Carlos Lupi (PDT) decidiu que a definição dessa aliança se dará em maio, caso Ciro não chegue até lá na casa dos dois dígitos nas pesquisas. Desta forma, houve o aceno da sigla para que Fátima Bezerra iniciasse um alinhamento com o pedetista potiguar, que está liberado pelo seu diretório nacional a fazer aliança com o PT.
Mirando o 1º turno
Desta forma, no RN Fátima também teria um concorrente a menos. O petista das antigas ressaltou que o grupo da governadora só vê dois nomes como ameaças ao seu projeto de reeleição: Álvaro Dias e Carlos Eduardo. “E ela quer ganhar no primeiro turno. Vencer por W x O. Por falta de oponente”, afirmou o interlocutor do PT. E assim, pelo menos nesse momento, Carlos Eduardo está cada vez mais próximo de formar a coligação dos seus sonhos.
Não pode reclamar
E qual é o argumento que o grupo de Fátima Bezerra tem usado para explicar Carlos no lugar de Jean para os petistas divididos? “Jean nunca foi considerado um petista puro sangue. Ele foi resgatado do meio empresarial para ser suplente de Fátima no Senado e, para muitos, se não para todos, ganhou de presente a vaga de senador. Ou seja, hoje, Jean não teria do que reclamar”, disse a fonte.
Tem como unir
Dessa forma, apesar de neste momento haver uma espécie de revolta interna no PT e nas esquerdas do RN, as coisas podem mudar… Basta que Fátima consiga fazer “acomodações”. “Sob pena de metade do partido não querer fazer campanha (para Carlos Eduardo) e acabar ocorrendo um segundo turno por conta disso”, explicou o interlocutor petista.
Sinal…
Inclusive, desta vez não surgiram reações negativas das lideranças do PDT diante das notícias de indicação do ex-prefeito Carlos Eduardo para o Senado. Apenas o próprio Jean Paul Prates falou sobre o assunto, negando, em nota, que tenha havido definições sobre a candidatura de senador e chamando o ex-prefeito de “estranho” à sigla.
Ganhando uma cadeira
A ideia dos defensores da aliança com o ex-prefeito de Natal é que a senadora Zenaide Maia, considerada aliada de primeira hora do Governo Fátima, possa ser alçada a secretária estadual de Saúde – contanto que o cenário seja de pós-pandemia – dando para Júnior Souto, presidente do PT no RN e seu 1º suplente, a sua vaga no Congresso por quatro anos.
Nova realidade
E o MDB nessa história? Cabe tanto Alves numa chapa que reeleja Fátima Bezerra? Uma liderança próxima ao diretório estadual do partido admitiu à coluna que a aproximação do PT com Carlos Eduardo “atrapalharia tudo” com o MDB. Que agora aguarda com expectativas um passo à frente – ou para trás – do presidente da Assembleia Legislativa do RN, Ezequiel Ferreira de Souza. “Se ele topasse, estabeleceria uma nova realidade”, comentou.
Balão de ensaio?
Com as articulações do Governo com Carlos Eduardo, a oposição bolsonarista correu para responder o movimento no xadrez político. Lançando nos bastidores o nome de Ezequiel Ferreira como possível candidato a governador. No entanto, uma semana se passou sem que nem Ezequiel, nem tampouco os pré-candidatos ao Senado Fábio Faria e Rogério Marinho, falassem publicamente no assunto.
Giro pelo Twitter…
…do jornalista Bruno Barreto: “Festejar a suspensão do perfil do Twitter da médica negacionista não é celebrar a censura, mas a comprovação de que esta senhora está prestando um desserviço à sociedade e colocando vidas em risco. A liberdade de expressão não é um valor absoluto!”;
…da âncora da CNN Brasil Luciana Barreto: “Tenho um irmão negro. Desde a adolescência passei a conviver com o medo do assassinato dele. Se ele simplesmente não estava em casa à noite, eu ficava apreensiva. Poderia ser confundido ou não teria direito de se explicar. Não tem terapia que ajude quando a realidade é tão cruel”;
…do jornalista Fábio Pannunzio: “O Brasil é um País em que um juiz pode ganhar R$ 35 mil/mês para destruir a Odebrecht. E R$ 350 mil/mês, já como ex-juiz, para reverter o que fez e ajudar a reconstruir”.
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