Cotidiano

Vereadores defendem investigação e cobram soluções para o HMN

O Sindsaúde denunciou casos de assédio moral na unidade hospitalar

por: NOVO Notícias

Publicado 15 de maio de 2021 às 00:03

 

Após a reportagem Hospital da Morte veiculada pelo NOVO Impresso no último sábado (08), vereadores se manifestaram a respeito do alto índice de mortalidade no Hospital Municipal de Natal (HMN). O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde) chegou a denunciar casos de assédio moral na unidade hospitalar.

O vereador professor Robério Paulino (Psol) disse que “é preciso apurar as causas e procurar soluções para reduzir esse índice”. Ele ainda falou sobre a condição estrutural do prédio onde funciona o hospital. “É preocupante que cadáveres passem pela área de alimentação. Essa é uma realidade ilógica, inaceitável, completamente anti-higiênica”, completou.

Divaneide Basílio, vereadora na capital pelo PT, disse que é de grande importância que o caso seja investigado. “Precisamos saber os motivos que levaram a essa realidade”, afirmou a vereadora. Ela ainda reclamou da falta de transparência do município. “Infelizmente, em Natal o acesso à informação é muito frágil e cheio de falhas. Sequer temos um boletim diário, como acontece no âmbito estadual”, se queixou.

Além deles, a vereadora Brisa Bracchi (PT) disse que é preciso haver uma investigação no HMN urgente. “A gente precisa ter total lucidez sobre o que está acontecendo dentro desse hospital, e ao que parece, quanto mais temos informações, quanto mais sabemos a realidade interna do HMN, mais problemas encontramos”, afirmou Brisa.

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O diretor do Sindsaúde, Flávio Gomes, disse que o sindicato recebe muitos relatos de assédio moral dos funcionários do HMN. “Nós temos relatos de trabalhadores que estão adoecendo mentalmente por não suportarem a situação de violência a que estão sendo submetidos. São ameaças de advertências, ameaças de notificações”, anunciou.

Ele ainda disse que a alta taxa de mortalidade no HMN e na região metropolitana pode ter relação com a propaganda pelo uso dos remédios ivermectina e cloroquina. “O que estamos vendo na nossa cidade é resultado dessa política de distribuir remédios ineficazes. Essa política desastrada de Álvaro Dias é o que tem ceifado vidas aqui em Natal”, afirmou Fábio.

O sindicalista ainda cobrou um posicionamento do Ministério Público do Rio Grande do Norte, dos vereadores e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). “Em vez de estarem tornando bares e restaurantes serviços essenciais eles deveriam apurar essa situação. É o papel deles”, concluiu.

Procurada, a assessoria da SMS disse que o secretário George Antunes não vai comentar o caso até discutir com a Comissão Municipal de Saúde.

O MPRN ainda não se posicionou.

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