Brasil

Relator da CPI da Covid pede prisão do ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten

Renan Calheiros (MDB-AL) ameaçou pedir a prisão de Wajngarten caso ficasse comprovado que ele mentiu a respeito de declarações que deu à revista Veja no mês passado

por: NOVO Notícias

Publicado 12 de maio de 2021 às 16:53

Em pronunciamento, à mesa, ex-secretário especial de Comunicação Social da presidência, Fabio Wajngarten – Foto: Leopoldo Silva/Agencia Senado

O senador Renan Calheiros, relator da CPI da Covid, pediu nesta quarta-feira a prisão do ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten, por mentir no colegiado.

A confusão começou após a declaração de Wajngarten sobre a campanha “O Brasil não pode parar” que data de março do ano passado.

“Eu me recordo de um vídeo circulando, ‘O Brasil não pode parar’, eu não tenho certeza se ele é de autoria, de assinatura da Secom. Eu não sei se ele foi feito dentro da estrutura ou por algum… E circulou de forma orgânica. Eu não tenho essa certeza, posso confirmar para o senhor”, disse Wajngarten.

O ex-chefe da Secom se referiu à campanha como um “teste” e disse que” não houve autorização para veiculação de nada”

Mais tarde, Calheiros rebateu: “Vossa senhoria, mais uma vez, mente. Porque está aqui uma postagem da Secom da campanha ‘O Brasil não pode parar’ e está aqui também no site ‘Governo do Brasil’ a postagem oficial”, completou o relator informando que está solicitando a prisão do depoente.

Em outro momento da CPI o ex-secretário da Secom disse que não chamou o ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello, de incompetente em entrevista que concedeu a revista Veja. No entanto, foi divulgada, ainda durante o depoimento, a gravação da entrevista concedida por Wajngarten. O áudio foi publicado pelo portal da Veja e mostrou o ex-secretário afirmando que Pazuello foi incompetente.

O presidente da CPI, Omar Aziz, se negou a pedir a prisão. “Não serei carcereiro”, disse Omar. A decisão do presidente foi questionada por membros da CPI.

Com a sessão suspensa, o Senador Omar Aziz reuniu-se com os assessores jurídicos e decidiu enviar o conteúdo do depoimento ao Ministério Público. A intenção do presidente da CPI é receber um parecer sobre a veracidade do depoimento, respaldando ou não uma possível aceitação do pedido de prisão em flagrante de Fábio Wajngarten.