Otimista, cadeia produtiva do camarão projeta crescimento na retomada da economia; Fenacam, que acontece de 16 à 19 de novembro, no Centro de Convenções de Natal, é o termômetro que mede a temperatura do setor
Publicado 18 de novembro de 2021 às 13:25
A reabertura do “food” – bares e restaurantes – deixou o mercado de camarão otimista. E a 17ª edição da Feira Nacional do Camarão – Fenacam, que começou nesta terça-feira (16) e segue até a próxima sexta-feira (19), no Centro de Convenções de Natal, tem sido o termômetro que mede a temperatura do setor neste período pós-pandemia.
“O setor de camarão e pescado está bem otimista com a retomada dos bares e restaurantes. Estamos tendo uma recuperação de mercado”, comemora Francisco Medeiros, presidente executivo da Associação Brasileira de Piscicultura – Peixe BR. “Temos empresas grandes e sólidas em condições de concorrer com qualquer mercado do mundo.”
Ainda segundo o dirigente da Peixe Brasil, outro ponto importante para a retomada da cadeia produtiva está nas mãos dos governos estaduais: os licenciamentos ambientais. “A melhor política pública de um governo é dar celeridade ao processo de licença ambiental. Com esse documento, o produtor tem acesso até a financiamentos”, destaca.
Simpósios, mesas redondas e exposição de produtos e serviços
O primeiro dia oficial da Fenacam, nesta quarta-feira (17) – terça-feira (16) foi reservado apenas para a solenidade de abertura oficial e coquetel para convidados e autoridades – contou com simpósios, mesas redondas e exposição de produtos e serviços na feira.
Em uma das mesas redondas do dia, o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão – ABCC e promotor do evento, Itamar Rocha, fez um alerta aos participantes: “A gente tem que motivar os pequenos produtores e capacitá-los cada vez mais. A união dos atores da cadeia produtiva é fundamental”, defendeu durante o debate..
Em sua 17ª edição, a Fenacam está sendo realizada pela 14ª vez no Rio Grande do Norte. Em três oportunidades, o evento foi realizado no Ceará. Para este ano, Itamar Rocha revela que o objetivo é encontrar soluções para enfrentar os desafios pós-pandemia.
“A Fenacam está sendo muito focada em atender as demandas mais urgentes que o nosso setor está enfrentando hoje”, disse. “Teremos, por exemplo, três mesas redondas bem focadas no atendimento daquilo que nós sentimos que o setor está precisando um pouco mais de atenção, que é formação profissional na área de aquicultura”, complementou.
Um dos diferenciais deste ano é o espaço gourmet, um ambiente que contará com degustação de diversos frutos do mar, com destaque para camarões, tilapias, ostras, atuns e afins, além de opções de pratos especiais e bebidas para todos os gostos. “Neste espaço, o visitante poderá se servir com o que há de melhor da gastronomia local, no que diz respeito ao camarão, peixes, ostras e outros frutos do mar”, revela Itamar.
Cheffs especializados na culinária potiguar de frutos do mar, com ênfase para o camarão marinho, tilápia, ostras e outras iguarias pesqueiras, já confirmaram participação durante o 17º Festival Gastronômico de Frutos do Mar, um dos eventos paralelos que vão acontecer durante a Feira de Aquicultura. O presidente da ABCC disse acreditar que o evento será o divisor de águas para a retomada do setor no período pós pandemia.
Cinco mil visitantes devem passar pela Fenacam este ano. Além de centenas de expositores, que representam os principais segmentos relacionados à geração de tecnologias, produtos, insumos e serviços de apoio à exploração comercial do cultivo de camarões, peixes, moluscos e demais organismos aquáticos. A exposição comercial da feira ocupa uma área de 8 mil m², com capacidade para 225 estandes.
Palestras e eventos simultâneos
Como acontece desde a primeira edição, em 2004, serão realizados cinco eventos simultâneos, dentro da programação oficial da Fenacam’21. São eles:
XVII Simpósio Internacional de Carcinicultura;
XIV Simpósio Internacional de Aquicultura;
XVII Festival Gastronômico de Frutos do Mar;
XVII Sessões Técnicas e Cientificas – Aquicultura e Carcinicultura;
XVII Feira Internacional de Serviços e Produtos para a Aquicultura.
Os eventos técnicos–científicos e empresariais, segundo Itamar Rocha, contarão com a participação de renomados palestrantes nacionais e internacionais, que vão abordar, os mais variados e atualizados temas sobre as atividades da carcinicultura e da aquicultura, brasileira e mundial: (1) Panorama da Produção Mundial de Aquicultura, Carcinicultura, com destaque para as Oportunidades que o Gigantesco Trading Internacional de Frutos do Mar, pode oferecer para o Brasil; (2) Avanços Tecnológicos na Maturação, Reprodução e Larvicultura de Camarões e Peixes; (3) Atualidades Tecnológicos da Nutrição e da Genética, para a produção de matrizes e alimentos balanceados, com vistas a exploração sustentável de camarões marinhos, peixes e moluscos cultivados; (4) As Boas Práticas de Manejo – BPM’s e as Medidas de Biossegurança, como ferramentas indispensáveis para a sustentabilidade das explorações aquícolas, tanto para o camarão marinho, como para as demais espécies aquícolas cultivadas; (5) Apresentação Diferenciada, Agregação de Valor e Aspectos Mercadológicos dos produtos aquícolas produzidos no Brasil; (6) O Papel das Mídias Digitais, na Promoção, Comercialização e Distribuição de Produtos Aquícolas no Contexto do seu Consumo no Mercado Interno e Mercado Global de Frutos do Mar.
As palestras do 17º Simpósio Internacional de Carcinicultura e 14º Simpósio Internacional de Aquicultura terão tradução simultânea do Inglês e Espanhol para Portugues.
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