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Coluna Daniel Cabral – 09 de outubro

por: NOVO Notícias

Publicado 9 de outubro de 2021 às 00:40

COLUNA – DANIEL CABRAL

 

600 mil mortes. de quem é a culpa?

As 600 mil vidas perdidas desde o início da pandemia são de vítimas de duas doenças. A primeira, a física, levou milhares de pessoas em condições de saúde já debilitada, idosos e até pessoas saudáveis que sucumbiram ao destrutivo ataque do vírus. A segunda, a da alma, atingiu uma legião de pessoas que cegaram diante de um presidente capaz de manter-se indiferente à dor e ao sofrimento. Sim, presidente, a culpa é sua!

A sanha doentia de cegar-se diante de teorias da conspiração comunista, acreditar nas tramas chinesas para extermínio mundial, plantar uma ceita familiar aguçada por um desejo insano de vitimizar-se diante da incapacidade intelectual de enxergar o óbvio e, por fim, ignorar a ciência. Esse foi o caminho escolhido por Jair Messias Bolsonaro.

Ontem, o Brasil atingiu a marca de 600 mil mortos pela Covid-19 e ainda são quase 500 mortes por dia. Especialistas reforçam que a pandemia ainda não acabou e que é preciso, sim, continuar com todos os cuidados recomendados pelas autoridades sanitárias. Além disso, há sempre o risco de novas variantes no ar.

De acordo com o consórcio de veículos de imprensa, até a tarde da sexta-feira (8), eram 600.077 vítimas da Covid-19 no Brasil. Com relação ao número de pessoas hospitalizadas, a Fiocruz apontou queda de 27,7%, e de 42,6% nas mortes, em balanço realizado entre 12 e 25 de setembro. Tirando o Distrito Federal e o Espírito Santo, 25 estados apresentam taxa de ocupação de leitos de UTI Covid menor que 60%.

A Fiocruz, porém, apresenta um alento e prevê o fim da crise sanitária para os primeiros meses do próximo ano, embora haja divergências por parte de alguns infectologistas. Mas isso não significa que a população deixará de conviver com a Covid-19, que deverá permanecer como uma doença endêmica, com a possibilidade de surtos isolados. O uso de máscaras e o distanciamento social devem continuar como novos hábitos sociais.

Consciente da importância da vacina, a maior parte da população brasileira aderiu à imunização, apesar da demora da compra pelo Governo Federal, do negacionismo e do desdém sobre sua eficácia por parte do presidente Jair Bolsonaro. Perto de 70% dos brasileiros já tomaram ao menos uma dose. Mas, o presidente não se cansa. Continua sem se vacinar, incentivando milhares de seus seguidores a ouvir o berrante som da morte. Ele continua incentivando as aglomerações nos encontros afanadores do respeito às leis. Ele continua trazendo a certeza de que ele não… não mais!

No RN, são mais de 7 mil mortes e quase 400 mil casos confirmados

O Rio Grande do Norte registrou 369.581 casos confirmados de Covid desde o início da pandemia. A doença vitimou 7.350 pessoas no estado. Os dados estão no boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) desta sexta-feira (8). Outros 1.339 óbitos estão sob investigação.

O Rio Grande do Norte tem, até esta sexta-feira, 2.436.905 pessoas vacinadas com a 1ª dose das vacinas Coronavac, Pfizer ou Astrazeneca. Isso representa 81% da população inteira do Estado. Desse total, 1.475.016 já receberam a 2ª dose. E outros 58.080 receberam a dose única da vacina da Janssen. No total, são 1.533.261 completamente imunizados, o que representa 51% da população do Estado.

Vamos, senador. Tenha coragem!

O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) teve mais um momento apoteótico na sua jornada grotesca pelo Senado Federal e chamou a casa legislativa de “chiqueiro”. O vídeo com a declaração viralizou.

Não satisfeito em ter chamado o Senado de “chiqueiro” em mais um episódio da sua grotesca atuação, o senador esteve na CPI da Covid na Assembleia Legislativa do RN e, antes de começar uma entrevista, cercado por jornalistas deu uma declaração: “Vocês não estão entendendo que eu quero ser cassado? Eu não tenho coragem de pedir para sair.” Vamos lá, senador. Coragem!!!

Lição gratuita

Era evidente, cedo ou tarde, que alguém mostraria uma CPI da Covid, em grande parte, sustentada sobre o frágil solo da politicagem. Bastou um depoimento, uma declaração: “Eu fiz de graça, mas pagaria para fazer essa propaganda. Tenho orgulho de ter feito. Faria até para o Governo Bolsonaro com quem tenho profundas divergências”, disse o médico infectologista Alexandre Mota à CPI.

Dr. Alexandre foi envolvido na CPI por ter sido candidato ao Senado pelo PT e, dois anos depois, aceitar participar como médico infectologista da campanha publicitária de combate à doença. Fez um papel honroso, distanciando-se da sua militância e dando propriedade ao conteúdo da propaganda. Já a bancada de oposição continuou no mundinho da militância.

Briga da cadeira

Ainda tem um tempo pela frente, mas já começaram os bastidores para mudança de conselheiros no Tribunal de Contas do Estado. Uma dessas vagas será de escolha da Assembleia Legislativa. Lembrando que na última vez que a Casa definiu conselheiro foi uma disputa ferrenha entre Poti Júnior e Fábio Dantas. Quem será o próximo escolhido?.

O silêncio do governo

No início da noite dessa sexta-feira o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um pronunciamento de 20 minutos para apresentar o Plano Nacional de Imunização para o ano de 2022. Insensível como o chefe, Queiroga falou seguindo a cartilha do presidente e não deu nenhuma palavra sobre os 600 mil mortos pela Covid no Brasil. Nem mesmo um “sinto muito”.

CEI natimorta

Na Câmara Municipal de Natal os vereadores da “bancada independente” ensaiaram a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito para apurar irregularidades nos contratos da URBANA. O primeiro movimento ocorreu com base em um dossiê que os vereadores tiveram acesso.

A informação começou a circular nas primeiras semanas do desentendimento da bancada com o prefeito. Não demorou e veio a ordem para que o assunto fosse esquecido. Até quem disse que o dossiê existia agora afirma que nunca viu.

Exonerado

O ministro Rogério Marinho tem negado com veemência irregularidades na compra dos tratores pelo MDR. No entanto, ontem (8), o secretário do ministro responsável pelas compras do “tratoraço” e acusado de improbidade, foi exonerado.

 

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