Da Veja
Renan Calheiros, relator da CPI da Covid, anunciou nesta quarta-feira 6, que passou Mauro Luiz de Brito Ribeiro, presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina) à condição de investigado pela comissão. “Em função dos fatos verificados na investigação, eu queria elevar, e comunico a vossa excelência, à condição de investigado desta Comissão Parlamentar de Inquérito o senhor Mauro Luiz de Brito Ribeiro, que é presidente do Conselho Federal de Medicina. Pelo apoio ao negacionismo, pela maneira como deu suporte à prescrição de remédios ineficazes —e os defendeu publicamente— e pela omissão diante de fatos evidentemente criminosos”, disse o relator.
A decisão de Calheiros vem após uma série de denúncias contra a Prevent Senior, que obrigava os médicos a prescreverem medicamentos como cloroquina e ivermectina, que não têm eficácia comprovada contra a doença. Mesmo com várias entidades relacionadas à medicina terem se posicionado contra o uso do chamado kit covid, o Conselho Federal de Medicina continua defendendo a decisão individual de médico e paciente.
Durante 2020, Mauro Ribeiro teve encontros com o presidente Jair Bolsonaro para discutir sobre a utilização da hidroxicloroquina contra o novo coronavírus. O Conselho também não se pronunciou sobre a compra de vacinas contra a Covid-19 até receber uma carta assinada por cerca de 20 médicos, ex-presidentes e ex-conselheiros do CFM, exigindo um posicionamento a favor dos imunizantes e contra os tratamentos sem eficácia para a doença.