O aspecto avermelhado da Lua durante o eclipse total se deve à forma como a luz do Sol interage com a atmosfera terrestre. Imagem: Observatório Nacional
A partir das 00h30 (horário de Brasília) da próxima sexta-feira, dia 14 de março, o Observatório Nacional (ON/MCTI) transmitirá o eclipse total da lua na nova edição do Programa “O Céu em sua Casa: observação remota”.
Durante a live, os astrônomos amadores e profissionais que fazem parte do programa exibirão imagens em tempo real do eclipse (essa exibição depende de diversas condições, sobretudo climáticas). Conforme acontece em uma observação presencial, a interação entre as pessoas é uma das maiores riquezas. Assim, durante a live, o público pode e deve interagir por meio do chat do Youtube.
Este eclipse total da madrugada de 14 de março terá suas fases penumbral inicial, parcial inicial e total, vistas em todo o Brasil. Em partes da fase penumbral final e parcial final é que a Lua já terá se posto de acordo com o local.
Em hora legal de Brasília os horários do início de todas as fases são apresentados abaixo. Esses horários valem para todas as localidades, pois quem está vendo a Lua está vendo a mesma fase do eclipse. Se a pessoa estiver em outro fuso horário basta fazer a correção da hora, por exemplo, quem está no fuso de -4 horas, subtrai 1 hora:
Início do Eclipse Penumbral: 0h57min
Início do Eclipse Parcial: 2h10min
Início do Eclipse Total: 3h26min
Máximo do Eclipse Total: 3h59min
Fim do Eclipse Total: 4h31min
Fim do Eclipse Parcial: 5h48min
Fim do Eclipse Penumbral: 7h00min
Confira abaixo o vídeo da live, que já está aberta:
De acordo com a astrônoma Josina Nascimento, gestora da Divisão de Comunicação e Popularização da Ciência (DICOP) do Observatório Nacional (ON/MCTI), os eclipses lunares acontecem quando a Lua entra na sombra da Terra.
Essa sombra é dividida em duas partes: a umbra, que é completamente escura por não receber nenhuma luz solar direta, e a penumbra, que ainda recebe alguma iluminação do Sol.
“Quando a Lua entra na penumbra, temos o eclipse penumbral, e quando entra na umbra, temos o eclipse parcial. Quando a Lua está totalmente dentro da umbra, ocorre o eclipse total. Todo eclipse total passa pelas fases penumbral e parcial antes e depois da fase total. Após o eclipse total há novo eclipse parcial e novo eclipse penumbral, pois a a Lua estará saindo da sombra da Terra”, explica a astrônoma.
A lua mergulha totalmente na umbra da Terra durante um eclipse total da Lua.
Como ver o eclipse
O eclipse da Lua é visto a olho nu, ou seja, sem uso de instrumentos e não requer nenhum cuidado com os olhos, podendo-se olhar pelo tempo que desejar. A Lua já estará bem alta no céu no início do eclipse penumbral e vai ficar do lado oeste durante todo o eclipse. O lado oeste é o lado onde o sol se põe. Então recomendamos que as pessoas se posicionem em locais que tenham vista desimpedida para o oeste.
No Rio de Janeiro, no início do eclipse total a Lua já está uma altura de cerca de 30 graus e no final estará a 19 graus. Essa altura da Lua no mesmo horário difere um pouco de acordo com o local. Para ter ideia do que isso significa, recomendamos que estique o braço em direção ao céu e observe que o tamanho da mão aberta equivale a 15 graus.
Por que a Lua fica avermelhada durante o Eclipse Total?
O aspecto avermelhado da Lua durante o eclipse total se deve à forma como a luz do Sol interage com a atmosfera terrestre. Mesmo totalmente encoberta pela sombra escura da Terra, a Lua ainda recebe luz solar indiretamente, filtrada pela atmosfera.
“A luz branca do Sol penetra na atmosfera e as cores azul e violeta são dispersadas pelos gases atmosféricos. Já as tonalidades mais próximas do vermelho conseguem atravessar com mais facilidade, conferindo à Lua essa coloração característica”, destaca Josina.
O evento virtual será conduzido pela astrônoma do ON, Dra. Josina Nascimento, gestora da Divisão de Comunicação e Popularização da Ciência (DICOP/ON). Também participarão da live os parceiros: Aluisio Amorim (Graviton Scientific Society de Teresina/PI – GSS ), Teresina, Piauí; Étore (Canal do Étore ); Arial Adorno (Clube de Astronomia de Rondônia – CAR ); Marcelo Domingues (Clube de Astronomia de Brasília – CASB / @solareclipsechasers ), Brasília, DF); Wandeclayt Melo (Projeto Céu Profundo ), São José dos Campos, SP; Rodrigo Fernandes (Grupo Tapirapé, Pouso Alegre, MG); Profa. Renata Martins (Sinop, MT) e Hélio Coelho de Ornellas (Sinop, MT).
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