Deputado estadual Coronel Azevedo usou a farda e a deputada federal Carla Dickson a religião para convencer seguidores das redes sociais a irem à manifestação em apoio ao presidente
Publicado 6 de setembro de 2021 às 23:48
A poucas horas das comemorações nacionais pelo 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, deputados e lideranças bolsonaristas do Rio Grande do Norte iniciaram um reforço no chamamento da população para engajar apoio ao presidente Jair Bolsonaro no movimento da extrema direita marcado para o feriado.
Alguns usando a farda de polícia para promover o ato, outros usando a religião para convencer as pessoas a protestar por “liberdade”, segundo dizem os cartazes bolsonaristas. A deputada federal Carla Dickson, por exemplo, postou em seu Instagram: “Nós, cristãos, estamos falando de política hoje para não sermos proibidos de falar de Jesus amanhã”. Ora, onde é proibido falar em “Jesus” no Brasil?
O deputado estadual Coronel Azevedo vestiu a farda para convocar seguidores no Instagram a irem às ruas no 7/9. Ao ser criticado por blogs potiguares pelo ato, o parlamentar respondeu nas redes sociais insinuando que as críticas eram de “um site petista”. “Quem decide é você. Amanhã irei de farda? Sim ou Não?”, questionou aos internautas.
O ministro das Comunicações Fábio Faria preferiu usar uma imagem do presidente vitimizado para dizer que o 7 de setembro será de “manifestações cívicas e pacíficas” para “apoiar um presidente que resgatou o patriotismo”. Já o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, também garantiu que estará “ao lado do presidente” nesta terça-feira.
Viralizou
Nas últimas horas, Azevedo postou vídeo ao lado do deputado Eduardo Bolsonaro chamando os potiguares às ruas. E, depois, publicou um vídeo nas proximidades da Praça Cívica, um dos pontos de encontro bolsonarista nesta terça-feira, afirmando que “Pedro Álvares Cabral deu o grito de ‘independência ou morte’”.
As imagens acabaram ‘viralizando’, deixando o deputado em situação constrangedora. No Twitter, a vereadora do PT Brisa Bracchi não perdeu tempo: “Quem sai por aí dizendo que Pedro Álvares Cabral declarou a independência do Brasil só pode ter muito horror mesmo à disciplina de História. Aí, para esconder sua ignorância chama todo professor de comunista”.
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