O "Relógio do Juízo Final" foi criado em 1947, com o objetivo de alertar sobre os riscos que a humanidade enfrenta em relação à autodestruição. Ilustração: Adobe Firefly (IA)
Este ajuste foi anunciado nesta terça-feira (28) e reflete um aumento das tensões globais, incluindo ameaças nucleares relacionadas à invasão da Ucrânia pela Rússia, crises climáticas e o avanço da inteligência artificial. Posição é mais próxima do apocalipse já registrada na história do relógio
Publicado 28 de janeiro de 2025 às 18:30
O “Relógio do Juízo Final”, uma iniciativa do Boletim dos Cientistas Atômicos (Bulletin of the Atomic Scientists), foi atualizado para 89 segundos antes da meia-noite, o que representa a posição mais próxima do apocalipse já registrada na história do relógio.
Este ajuste foi anunciado nesta terça-feira (28) e reflete um aumento das tensões globais, incluindo ameaças nucleares relacionadas à invasão da Ucrânia pela Rússia, crises climáticas e o avanço da inteligência artificial.
Fundado em 1945 por Albert Einstein, J. Robert Oppenheimer e cientistas da Universidade de Chicago que ajudaram a desenvolver as primeiras armas atômicas no Projeto Manhattan, o Bulletin of the Atomic Scientists criou o Relógio do Juízo Final dois anos depois, usando o imaginário do apocalipse (meia-noite) e o idioma contemporâneo da explosão nuclear (contagem regressiva para zero) para transmitir as ameaças à humanidade e ao planeta.
O Relógio do Juízo Final é definido todos os anos pelo Conselho de Ciência e Segurança do Boletim em consulta com seu Conselho de Patrocinadores, que inclui nove ganhadores do Prêmio Nobel. O Relógio se tornou um indicador universalmente reconhecido da vulnerabilidade do mundo a catástrofes globais causadas por tecnologias criadas pelo homem.
Inicialmente focado nas ameaças nucleares, seu escopo foi ampliado em 2007 para incluir questões climáticas. O relógio começou marcando sete minutos para a meia-noite e, ao longo dos anos, sua posição variou significativamente. O ponto mais distante foi 17 minutos para a meia-noite em 1991, após o fim da Guerra Fria.
Os cientistas que compõem o Comitê de Ciência e Segurança do Boletim avaliam diversos fatores ao determinar a hora do relógio:
Rachel Bronson, presidente do Boletim, enfatizou que os desafios enfrentados não são novos, mas a falta de progresso na mitigação desses riscos é preocupante. A atualização para 89 segundos é um claro alerta para líderes mundiais sobre a necessidade urgente de ação.
A atualização do relógio é acompanhada por discussões públicas e eventos que buscam aumentar a conscientização sobre as ameaças existenciais que a humanidade enfrenta. O anúncio desta atualização foi transmitido ao vivo pelo YouTube.
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