Entrevista “Nosso objetivo é continuar avançando”, afirma presidente do CREA-RN

Após um ano à frente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte, o engenheiro eletricista, Roberto Wagner, faz um balanço da sua gestão.

Antes de assumir a presidência do Regional Potiguar, Roberto foi conselheiro regional do Crea-RN por três mandatos, com exercícios em cargos como coordenador da Câmara de Engenharia Elétrica, diretor de marketing, coordenador da Comissão de Ética e vice-presidente.

Nesta entrevista, ele destaca as principais ações realizadas em seu mandato, os desafios enfrentados e o que espera para sua gestão em 2025.

Confira abaixo:

Como você avalia esse primeiro ano de gestão?

Roberto Wagner – Este ano foi, sem dúvida, um período de continuidade e avanço. Nossa dedicação foi intensa, resultando em uma imersão total na gestão. Demos sequência a diversas ações que já haviam sido iniciadas na administração anterior, de Ana Adalgisa, da qual eu fazia parte como vice-presidente. Em 2024, um dos nossos principais focos foi a gestão de pessoas. Implementamos um plano de cargos e salários, que precedeu o concurso público, e que nos permitiu realizar a seleção em junho e, já em dezembro, convocar sete servidores para fazerem parte da nossa equipe. Outra ação que realizamos foi a progressão horizontal e vertical dos servidores. Essa era uma prática que não ocorria há 20 anos e que conseguimos aprovar durante o primeiro da gestão.

Além disso, preparamos nossa equipe para que o Crea-RN se posicione como um agente indutor do desenvolvimento no Rio Grande do Norte. O Conselho tem se destacado na defesa da sociedade e na fiscalização efetiva, mantendo uma postura proativa. Como mencionamos durante a campanha, nosso objetivo é continuar avançando. Nesse sentido, firmamos termos de cooperação significativos com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), com a expectativa de apresentar dados sobre obras inacabadas já no primeiro trimestre.

Estabelecemos também uma importante parceria com o IGARN, que está em plena execução. Estamos mapeando os riscos dos reservatórios do Rio Grande do Norte e capacitando os profissionais da área. Recentemente, realizamos um treinamento em Assú-RN, que contou com uma participação significativa dos profissionais.

O Crea-RN vai além da fiscalização e regulação das profissões. Estamos adentrando nas necessidades da sociedade que envolve a engenharia, a agronomia e as geociências.

Quais foram os principais desafios enfrentados ao longo desse primeiro ano de gestão?

RW – O maior desafio foi entender o funcionamento do Regional. Anteriormente, já tinha assumido o cargo de vice-presidente, mas como presidente temos outras responsabilidades. Então o maior desafio foi compreender o funcionamento e extrair o melhor das pessoas. Mantivemos a equipe, ajustamos a estratégia tática e, ao longo deste ano, nos preparamos para que, em 2025, estejamos prontos para implementar nossas ideias.

Neste primeiro ano, tivemos algumas ações da gestão anterior que estavam em curso e que, naturalmente, tivemos que dar continuidade. Agora, passamos a dar um tom mais expansivo no sentido de estarmos mais próximos dos profissionais e da sociedade.

Superados os desafios, quais foram as principais conquistas da sua gestão?

RW – Sem dúvida ter levado o Crea-RN em todos os lugares. Este ano, o Regional Potiguar completou 55 anos e realizamos Plenárias Itinerantes nas Inspetorias Regionais, com o intuito de expandir o Conselho para além da capital e nos aproximar dos profissionais. As Plenárias aconteceram Mossoró, Caicó e Currais Novos. Na ocasião, homenageamos aqueles que, ao longo dos 55 anos do Crea, contribuíram para o avanço da engenharia, agronomia e geociências. Foi um momento muito importante da nossa história e um dos pontos máximos deste ano.

Também tivemos a homenagem pelos 55 anos do Crea-RN em uma sessão solene na Assembleia Legislativa, onde, por iniciativa do deputado estadual Tomba Farias, reunimos várias autoridades e homenageados que fizeram parte da história do Conselho, para receber a comenda dos 55 anos.

Este ano, realizamos ainda o Capacita Crea Mútua, que levou para todas as Inspetorias Regionais cursos de capacitação para os profissionais do Sistema.

Além disso, também voltamos o nosso olhar para a sociedade, promovendo iniciativas como o debate técnico para apresentar o projeto de engorda da praia de Ponta Negra, onde conseguimos trazer um professor especialista no assunto, além do representante da DTA Engenharia, empresa responsável pela obra. Tudo transmitido ao vivo e com a participação da imprensa potiguar, que fez a cobertura para esclarecer os detalhes a toda a sociedade. O resultado disso foi um entendimento maior do que seria realizado e um saldo positivo para a ação do Crea-RN.

A sociedade também ganhou quando realizamos Fiscalizações Preventivas Integradas nas estruturas dos principais eventos do estado, como o Carnatal. O Crea-RN, em parceria com outras instituições, como a Neoenergia Cosern, o Corpo de Bombeiros, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (Cau/RN), o Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape-RN), a Vigilância Sanitária, a Associação Brasileira de Engenharia Elétrica e a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo do Natal (Semurb), realizou fiscalizações ao longo do ano, para promover eventos mais seguros para todos.

Nesta missão de nos aproximarmos mais da sociedade, destaco a participação do Crea durante as eleições municipais. Trouxemos para a nossa Sede Administrativa em Natal, em parceria com a 98FM e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo, um debate ao vivo com candidatos às prefeituras da capital potiguar e de Parnamirim. Foi um momento para questionarmos sobre temas de relevância para os profissionais do nosso Sistema.

Sua gestão foi marcada pela aproximação e fortalecimento com outras instituições. Qual a importância desses acordos firmados?

RW – Poder contar com outros órgãos ajuda a fortalecer a atividade fim do Conselho, que é a fiscalização. Em 2025, teremos uma nova diretoria dentro do Crea-RN, que é a diretoria de fiscalização, para que tenha um olhar mais atento para este setor dentro da nossa instituição. Somado a isso, temos os Acordos de Cooperação Técnica já firmados com vários órgãos, para que possamos multiplicar os esforços, com ações colaborativas entre as instituições, visando cada vez mais a proteção da sociedade.

Este ano, fiscalizamos 100% dos municípios, mas entendemos que podemos fazer mais. Graças a esses Acordos, vamos, por exemplo, ampliar a utilização da tecnologia dentro do Crea-RN. No momento em que fazemos essas parcerias, todos saem ganhando.

Quais são suas prioridades para o segundo ano de gestão?

RW – O momento é de total otimismo. Estamos investindo em treinamento e tecnologia para tornar nossos processos mais céleres e assertivos, principalmente na emissão da Certidão de Acevo Técnico, para que possamos unir rapidez com segurança nas informações que transmitimos para a sociedade.

Em 2025, teremos grandes avanços na oferta de serviços que o Crea oferece. Pretendemos implementar um Hub de Negócios, que será o ponto central de uma grande rede que irá conectar profissionais, empresas e oportunidades. Esta é uma nova missão e dever que o Crea assume.

Primeiro, reorganizamos a casa e cumprimos as missões básicas. Agora, será a vez irmos além, para continuarmos avançando em busca da valorização dos nossos profissionais e em defesa da sociedade.

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