O documentário pernambucano “Filhas da Noite”, dirigido por Henrique Arruda e Sylara Silvério, conquistou o prêmio de Melhor Filme na Mostra Caleidoscópio, uma das programações paralelas da 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
O longa narra as trajetórias de seis mulheres trans de Recife (PE) – Raquel Simpson, Sharlene Esse, Paloma Pitt, Márcia Vogue, Christiane Falcão e Suelanny Tigresa – todas com mais de 50 anos. Elas são atrizes e performers veteranas da capital pernambucana que revisitam o passado diante das câmeras. A obra reflete sobre o envelhecimento na população LGBTQIA+, discutindo questões como resistência e memória.
Produzido pela Filmes de Marte, o documentário segue em circulação por mostras e festivais ao longo de 2025.
Os diretores do filme têm forte ligação com o Rio Grande do Norte. Henrique Arruda, nascido em Recife, atuou em jornais impressos de Natal e também trabalha no setor audiovisual. Sylara Silvério, natural de Natal, é graduada em Rádio e TV pela UFRN.
Filmado ao longo de três anos, “Filhas da Noite” foi originalmente aprovado como curta-metragem e ampliado para longa. O projeto contou com financiamento do Governo de Pernambuco, por meio do Funcultura Audiovisual, e da Prefeitura do Recife, através do Fundo de Incentivo à Cultura.
O fim de tarde e início da noite de sábado (7) em Brasília marcou as premiações da 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o mais antigo em atividade no país. Em 2024, o Festival de Brasília recebeu mais de 30 mil pessoas em sua estrutura montada no Cine Brasília, em Taguatinga, Planaltina e no Gama.
Na premiação de longas-metragens da Mostra Competitiva Nacional, produções de Pernambuco e Minas Gerais se destacaram e levaram alguns dos principais prêmios distribuídos pelo Festival.
Salomé, filme do pernambucano André Antônio, garante vitória ao cinema queer, acumulando oito Candangos, entre eles os de Melhor Longa pelos Júris Oficial e Popular, o de Melhor Atriz Coadjuvante para Renata Carvalho, Melhor Roteiro, Direção de Arte e Trilha Sonora.
Suçuarana, dos mineiros Clarissa Campolina e Sérgio Borges, arrebatou cinco troféus, incluindo os de Melhor Atriz para Sinara Teles e Ator Coadjuvante para Carlos Francisco, além dos prêmios técnicos de Fotografia, Edição de Som e Montagem.
A Melhor Direção ficou nas mãos de Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero e Luisa Lanna por Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá; o brasiliense Wellington Abreu venceu Melhor Ator por Pacto da Viola (DF).
Receba notícias em primeira mão pelo Whatsapp
Assine nosso canal no Telegram
Siga o NOVO no Instagram
Siga o NOVO no Twitter
Acompanhe o NOVO no Facebook
Acompanhe o NOVO Notícias no Google Notícias