O Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil (DNCCI) acontece neste sábado (23). A data é utilizada para conscientizar a população sobre os riscos da doença que é uma das principais causas de morte, por doença, em crianças e adolescentes até os 19 anos, sendo superada apenas pelas mortes violentas e acidentes.
Após 16 anos de sua concretização no calendário nacional por meio da Lei de Nº 11.650, de 4 de abril de 2008 (Projeto de Lei Nº 7.103 de 2006), o Dia de Combate ao Câncer Infantojuvenil (DNCCI) continua a atuar, intensamente, na orientação e divulgação de informações em torno deste problema que atinge milhares de jovens anualmente.
Na mesma data também é referendado o Dia Estadual e Municipal de Combate ao Câncer Infantojuvenil. No RN, a Lei foi promulgada em março de 2008, através do Projeto do deputado José Dias. No Município de Natal, foi instituída em 2009, por meio da Lei de autoria do vereador Hermano Morais.
Entre os principais objetivos do DNCCI estão: estimular ações educativas e preventivas relacionadas ao câncer infantojuvenil; promover debates e eventos sobre as políticas públicas de atenção integral às crianças e adolescentes com o câncer; apoiar as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil em prol dos pacientes; difundir os avanços técnico-científicos relacionados à doença e apoiar as crianças, adolescentes e seus familiares.
O câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo.
Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afeta os glóbulos brancos), os do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático).
Também acometem crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor germinativo (das células que vão dar origem aos ovários ou aos testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles).
Os pais devem estar alertas ao fato de que a criança não inventa sintomas. Ao sinal de alguma anormalidade, devem levar seus filhos ao pediatra para avaliação. Na maioria das vezes, os sintomas estão relacionados a doenças comuns na infância, mas isto não deve ser motivo para descartar a visita ao médico.
A manifestação clínica dos tumores infanto-juvenis pode não diferir muito de doenças benignas, sem maior gravidade, comuns nessa faixa etária. Muitas vezes, a criança ou o jovem está em condições razoáveis de saúde no início do adoecimento. Por esse motivo, o conhecimento do médico sobre a possibilidade de ser câncer é fundamental.
O Brasil poderá completar o triênio de 2023 a 2025 com o registro de 7.930 casos por ano de câncer em crianças e adolescentes de até 19 anos de idade. A estimativa é do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Conforme o Ministério da Saúde, o valor corresponde a um risco estimado de 134,81 por milhão de crianças e adolescentes.
Segundo a estimativa, 4.230 casos novos devem ser no sexo masculino e de 3,7 mil no sexo feminino. Os dados do Inca indicam ainda que o câncer pediátrico representa cerca de 3% do total de casos de câncer, considerando adultos e crianças.
Confira os sinais e sintomas do câncer infantil
Palidez progressiva; sangramentos ou manchas roxas sem relação com traumas; febre prolongada sem causa definida; vômitos e dores de cabeça persistentes, principalmente pela manhã; alteração da marcha ou da visão ou diminuição da força em pernas ou braços; caroços em qualquer lugar do corpo; ínguas; dores no corpo que não passam e atrapalham as atividades das crianças e brilho branco nos olhos quando a criança sai em fotografia com flash.
A importância do Diagnóstico Precoce
Estudos do INCA (2020) mostram que, no RN, são cerca de 130 casos novos, por ano (2023 – 2025). Destes, 70 casos previstos para meninos e 60 para meninas. A Casa Durval Paiva faz o alerta durante todo o ano sobre um dos principais fatores que pode transformar essa realidade e reduzir esse número que é o diagnóstico precoce.
O presidente da instituição, Rilder Campos, ressalta que a atuação do diagnóstico precoce é fundamental e pode salvar milhares de vidas em conjunto com o tratamento adequado. “Os adultos devem e precisam ter mais atenção com as crianças, para que, no caso do aparecimento de qualquer um dos sinais ou sintomas, o tratamento da doença seja iniciado o mais rápido possível”, alerta o presidente.
Na Casa Durval Paiva, a luta contra o câncer infantojuvenil é todo dia. Durante todo o ano, a instituição segue incansável em seu trabalho de alerta e conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura de crianças e adolescentes que sonham com um recomeço. Através de doações, a vida de milhares de crianças e jovens em tratamento do câncer podem ser transformadas.
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