O primeiro debate entre os três candidatos à presidência da OAB/RN foi realizado na noite desta quinta-feira (14), no auditório Otto de Brito Guerra, na UFRN. O encontro, promovido pelo Cascudo JuriLab – Laboratório de Inovação Jurídica da UFRN, reuniu Fernandes Braga (Chapa 30), Rossana Fonseca (Chapa 10) e Carlos Kelsen (Chapa 20), em um momento marcado por críticas à atual gestão da Ordem e a apresentação de propostas para os próximos três anos.
Representando a oposição, Fernandes Braga destacou sua postura como alternativa real à continuidade das gestões anteriores, enquanto os candidatos Rossana Fonseca e Carlos Kelsen, ambos ligados à atual administração, apresentaram propostas que, segundo Braga, refletem promessas vazias ou superficiais, sem conexão com a realidade enfrentada pela advocacia potiguar. “De que adianta aprender sobre gestão de escritório se o advogado sequer consegue captar clientes ou pagar a anuidade da OAB? A advocacia empobreceu. Mas a CAARN oferece descontos para comprar carros de luxo como Mercedes e Volvo. Quem não consegue pagar a anuidade vai comprar um carro desses? Em que planeta essas pessoas vivem?”, questionou Braga durante sua fala.
Braga reforçou a necessidade de medidas concretas que impactem diretamente a advocacia, especialmente os jovens advogados. Entre suas propostas, está a criação da “Residência da Advocacia”, um programa que capacitará os recém-formados em áreas específicas do Direito, com gratuidade na anuidade para aqueles que atingirem um aproveitamento superior a 75% no curso. “O jovem advogado precisa estar qualificado para entrar no mercado de trabalho. Nós temos que dar condições reais de trabalho, e não ilusões ou promessas sem fundamento,” explicou.
Outro ponto destacado por Braga foi o fortalecimento das prerrogativas da advocacia. Ele apontou o déficit atual na atuação da Procuradoria e da Comissão de Prerrogativas da OAB/RN. “Hoje nós temos cinco procuradores de prerrogativas para atender nove subseções. Nós vamos aumentar para 17, reestruturar essa área e colocar nesses cargos quem realmente quer o emprego e, principalmente, quer o trabalho. Falo com propriedade porque sou advogado, encosto meu umbigo no balcão e, talvez, seja o advogado mais atingido por violações de prerrogativas no estado,” afirmou.
Para Braga, as propostas apresentadas pelos adversários não atendem às demandas reais da advocacia e reforçam privilégios de uma minoria. “As propostas das outras chapas são para quem? Para os donos de escritórios? Eles realmente parecem não conhecer as necessidades da advocacia,” criticou.
O candidato da chapa 30 reforçou que o debate desta quinta-feira deixou ainda mais clara a necessidade de mudança. “O que estamos oferecendo é uma advocacia para todos, uma OAB que trabalhe pelo advogado e não por interesses específicos. Não temos um plano de poder. Nós temos um plano de gestão de quem quer fazer mais pela nossa advocacia e de quem sabe o que e como fazer”, concluiu Braga.
Receba notícias em primeira mão pelo Whatsapp
Assine nosso canal no Telegram
Siga o NOVO no Instagram
Siga o NOVO no Twitter
Acompanhe o NOVO no Facebook
Acompanhe o NOVO Notícias no Google Notícias