A reestruturação do Centro Histórico também inclui capeamento asfáltico e obras de drenagem nas ruas Ulisses Caldas e Junqueira Aires; obras de revitalização na Avenida do Contorno com duas praças; Entorno do Teatro Alberto Maranhão e obra do Monumento da Pedra do Rosário
Publicado 4 de novembro de 2024 às 16:00
Calçadas mais largas e coloridas, mobiliários urbanos, locais de estacionamento público, arborização, preservação do histórico com acessibilidade. Esses são alguns dos pontos das obras que começam a dar vida nova ao Centro Histórico de Natal. As obras de requalificação das ruas João Pessoa e Coronel Cascudo serão entregues totalmente até o fim de dezembro, de acordo com o diretor de Planejamento da Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (STTU), Newton Filho.
“Os projetos de reestruturação do Centro começaram a ser discutidos e implantados há 4 anos e várias partes já ganharam forma há um tempo, como: o Largo Rui Pereira, a criação dos estacionamentos públicos na Avenida Rio Branco e a revitalização do Beco da Lama. Agora, até o fim do ano vamos entregar as obras da Rua João Pessoa e da Coronel Cascudo”. O pacote de serviços de requalificação está orçado em cerca de R$ 30,8 milhões.
Na parte da requalificação da rua João Pessoa, o trecho entre a Avenida Deodoro da Fonseca e Rua Princesa Isabel, passa a ter o espaço de veículos reduzido para uma via e o pedestre terá mais espaço. As calçadas foram alargadas e ganharam mobiliários urbanos, bancos para convivência. Segundo Newton Filho, esse trecho fica pronto até o final de novembro.
Já a parte entre a Princesa Isabel e a Avenida Rio Branco será mantida a configuração atual com bloqueio total de circulação de veículos, mas implementando a novidade de um trecho coberto. “Grande parte da configuração da região será modificada para favorecer a circulação de pessoas. São projetos voltados para que a população possa conviver no espaço”, explica o diretor.
No início de agosto desse ano, parte das obras de requalificação foi paralisada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) após uma descoberta arqueológica durante as escavações para instalação de uma nova tubulação na Rua João Pessoa e Praça Padre João Maria.
Os itens encontrados foram catalogados e datam dos séculos XVII a XIX. Newton Filho esclareceu que foi obtida a licença e nesta fase eles estão escavando, peneirando, fazendo um monitoramento arqueológico para dar continuidade à obra de embutimento.
“Na sequência, assim que concluirmos o trecho entre a Deodoro e a Princesa Isabel, que deve ocorrer até o final de novembro, nós iniciaremos o trecho entre a Princesa Isabel e a Rio Branco. E aí, com isso, a gente deve cumprir o prazo estabelecido no contrato”, destacou.
A reestruturação do Centro Histórico também inclui capeamento asfáltico e obras de drenagem nas ruas Ulisses Caldas e Junqueira Aires; obras de revitalização na Avenida do Contorno com duas praças; Entorno do Teatro Alberto Maranhão e obra do Monumento da Pedra do Rosário.
O shopping da Cidade Alta, que vai funcionar na Avenida Rio Branco, no prédio onde era a antiga Lojas Americanas, deve sair do papel em 2025. De acordo com o presidente da Associação Viva o Centro (Avicen), Rodrigo Vasconcelos, o projeto está em andamento e aguarda a parte burocrática de documentos como Habite-se para dar continuidade, mas ele afirma que em 2025 será concretizado. Para realizar o projeto, um grupo de investidores, juntamente com o proprietário do prédio, decidiu lançar o shopping.
“A Cidade Alta é o coração histórico de Natal, e seu potencial econômico é imenso. Com uma área requalificada, esperamos ver mais comerciantes e empreendedores interessados em estabelecer-se aqui, atraindo novos consumidores e turistas”, declarou.
O presidente da Avicen destacou que a Cidade Alta também tem passado por uma mudança de perfil com o crescimento do setor de prestação de serviços. “Um local que era conhecido e desenvolvido na parte de lojas comerciais, agora se destaca no serviço com o crescimento do número de clínicas, consultórios médicos, escritórios de contabilidade”, relatou.
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