Hospital Metropolitano terá como foco principal a ortopedia e a neurologia, ampliando a oferta de atendimento em urgência e emergência na Grande Natal. Projeto prevê abertura de 350 leitos, incluindo UTIs
Publicado 2 de setembro de 2024 às 15:30
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou nesta segunda-feira (02), em Natal, da assinatura do contrato para a construção de um novo Hospital Metropolitano, em Parnamirim. O projeto, que envolve um investimento de R$ 184 milhões, tem como objetivo ampliar a capacidade de atendimento nas áreas de ortopedia e neurologia. O contrato foi assinado entre o Governo do Estado do Rio Grande do Norte, o Ministério da Saúde e a Caixa Econômica Federal.
A nova unidade hospitalar será construída em Emaús, Parnamirim, em um terreno pertencente ao Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Rio Grande do Norte (IPERN). O financiamento para o projeto vem do Governo Federal, por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além dos recursos federais, o governo estadual contribuirá com uma contrapartida simbólica de R$ 400.
O projeto prevê a construção de um hospital com 350 leitos, incluindo UTIs (30 leitos para adultos e 10 pediátricos), leitos de estabilização no pronto-socorro e leitos clínicos. A estrutura terá cinco pavimentos e ocupará uma área total de 27 mil m². Além disso, o hospital contará com um centro cirúrgico com 14 salas, dois tomógrafos, ressonância magnética e equipamentos de hemodinâmica, tecnologias que atualmente não estão disponíveis na rede pública estadual.
Inicialmente, o orçamento previsto para o hospital era de aproximadamente R$ 260 milhões. No entanto, após novos estudos realizados durante o processo de aprovação do projeto, o custo foi recalculado de acordo com a realidade regional, resultando em uma redução do valor total, mantendo-se o tamanho planejado de 27 mil m².
Segundo a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, o novo hospital será uma referência em politrauma no complexo hospitalar metropolitano da rede pública de saúde. “Vai desafogar o Monsenhor Walfredo Gurgel, que há décadas atende praticamente sozinho os casos mais graves. O Hospital Metropolitano, com seus 350 leitos e estrutura tecnológica de ponta, será um marco na reconf iguração da nossa rede de saúde. Estamos falando de um hospital que não apenas amplia a capacidade de atendimento, mas que também tem a possibilidade de crescer ainda mais, acompanhando o desenvolvimento do nosso estado”, afirmou a governadora Fátima Bezerra.
O Hospital Metropolitano terá como foco principal a ortopedia e a neurologia, ampliando a capacidade de atendimento atualmente concentrada no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, que foi inaugurado no início dos anos 1970. A nova unidade oferecerá cerca de 100 leitos a mais do que a capacidade atual do Walfredo Gurgel, além de ter potencial para futuras expansões.
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e a Secretaria de Infraestrutura (SIN) já estão trabalhando, paralelamente ao processo com o Ministério da Saúde, para encaminhar os processos necessários à aprovação de licenças e outros trâmites burocráticos junto a órgãos de f iscalização. O próximo passo será a aprovação dos projetos básico e executivo pela Caixa Econômica Federal, para então lançar o edital de licitação e iniciar as obras, previstas para meados de 2025. A expectativa da Sesap é que o novo hospital atenda à demanda por atendimento de traumas ortopédicos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs) de uma região que abrange mais de 2 milhões de habitantes.
A nova unidade contará com dois tomógrafos, ressonância magnética e equipamentos de hemodinâmica — tecnologias não disponíveis atualmente na rede estadual — além de um centro cirúrgico com 14 salas, encerrando a dependência da rede pública de saúde do estado de hospitais privados e do Hospital Universitário Onofre Lopes. A Sesap também iniciou discussões internas para redesenhar a rede de hospitais de média e alta complexidade na Região Metropolitana, incluindo os hospitais Walfredo Gurgel, Deoclécio Marques e João Machado. Com a construção do novo hospital para absorver a demanda de traumas, o plano inicial é atribuir a cada um dos demais hospitais responsabilidades por linhas de cuidado específicas, como AVC, cardiologia, oncologia, longa permanência e cuidados paliativos.
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