Novas ordens de prisão dos blogueiros bolsonaristas integram a Operação Disque 100, aberta pela Polícia Federal nesta quarta-feira, 14, para investigar suposta intimidação de policiais federais e familiares
Publicado 14 de agosto de 2024 às 12:46
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (14) a Operação Disque 100, tendo como alvos principais os blogueiros bolsonaristas Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio. Ambos foram alvos de mandados de prisão preventiva, mas as ordens não foram cumpridas, pois os investigados estão no exterior, nos Estados Unidos e na Espanha, respectivamente. O influenciador Ed Raposo também foi alvo de buscas.
A operação investiga uma suposta estrutura de obstrução de investigações de organizações criminosas, que teria sido montada para divulgar dados protegidos e promover a corrupção de menores. A Polícia Federal aponta que as ações dos blogueiros e de seus aliados visam expor e intimidar policiais federais e suas famílias, como forma de dificultar as investigações conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo os investigadores, os acusados estariam utilizando crianças e adolescentes para atacar os agentes da PF, aproveitando-se da condição de menoridade para ocultar a verdadeira autoria dos crimes.
Diligências foram realizadas em conjunto com o Conselho Tutelar da Secretaria de Justiça do Distrito Federal, devido ao envolvimento de menores de idade. Durante a operação, foram vasculhados dois endereços ligados aos blogueiros, além do cumprimento de nove medidas cautelares. As ações ocorreram no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Amazonas e no Distrito Federal, com o objetivo de apurar crimes de corrupção de menores, divulgação de segredos e obstrução de investigação sobre organização criminosa.
As ordens judiciais da Operação Disque 100 foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, e foram executadas um dia após a publicação de mensagens entre o ministro e seus auxiliares no jornal Folha de S. Paulo. Essas mensagens estariam relacionadas à produção de relatórios que posteriormente embasaram decisões contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Durante as diligências, o perfil da filha de Oswaldo Eustáquio fez uma postagem sobre a presença de policiais em sua residência, embora, segundo a PF, a adolescente ainda estivesse dormindo, o que indica a utilização de sua conta por adultos para obstruir as investigações. Como parte da operação, Moraes determinou o bloqueio das redes sociais da filha de Eustáquio, visando cessar os crimes investigados. A conta da jovem no X (antigo Twitter) permanece ativa, devido ao não cumprimento da ordem judicial pela plataforma.
O nome da operação faz alusão ao Disque Direitos Humanos, um canal do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania para receber denúncias de violações, especialmente aquelas que afetam populações vulneráveis, como crianças e adolescentes.
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